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Macron considera ataque do Irão "desproporcionado," mas pede a Israel para evitar "escalada"

Presidente de França, Emmanuel Macron
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Macron referiu ainda que os aviões franceses defenderam o espaço aéreo da Jordânia no decurso do ataque do Irão a Israel. Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido ressalva que Israel "tem o direito de responder", mas também faz apelo à contenção. Irão teve dupla derrota, diz Cameron.

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O presidente de França, Emmanuel Macron, considera o ataque do Irão a Israel "desproporcionado", mas insta o primeiro-ministro israelita a não agudizar as tensões.

"Faremos tudo para evitar uma conflagração, ou seja, uma escalada", disse Macron, esta segunda-feira, ao canal de notícias BFM-TV e à rádio RMC.

Ressalvando que é preciso "garantir ao máximo a proteção" de Israel, o chefe de estado gaulês faz um apelo às autoridades israelitas para que, ao invés de escalarem o conflito, respondam com "o isolamento do Irão", esperando "conseguir convencer os países da região de que o Irão é um perigo". 

Macron sublinha a "vitória de Israel" e lembra que "apenas sete" dos mais de 200 mísseis e drones iranianos atingiram o território israelita. 

 O presidente francês pediu igualmente o "aumento das sanções" contra Teerão e o "reforço da pressão sobre as atividades nucleares", a fim de se "encontrar um caminho para a paz na região".

Na entrevista à BFM-TV e à rádio RMC, Emmanuel Macron destacou ainda que os aviões franceses ajudaram a defender o espaço aéreo da Jordânia durante o ataque iraniano a Israel. 

"Há vários anos que temos uma base aérea na Jordânia para lutar contra o terrorismo", referiu. 

"O espaço aéreo jordano foi violado. Fizemos descolar os nossos aviões e intercetámos o que tínhamos de intercetar", concluiu.

Reino Unido também pede contenção

O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, reiterou o apoio a Israel ao deixar claro que o país "tem o direito de responder". No entanto, pediu que evite um ato de vingança.

"Estamos a dizer que Israel tem o direito de responder, mas não apoiamos um ataque de retaliação. Há alturas em que temos de ser inteligentes e duros, em que temos de usar a cabeça e o coração", afirmou Cameron. 

O chefe da diplomacia britânica deixou implícito que o Reino Unido não participaria num ataque ao Irão, mas continuaria a defender Israel se este fosse alvo de novos ataques.

David Cameron salienta que as hostilidades do fim de semana foram uma dupla derrota para Teerão.

"Não só o seu ataque foi um fracasso quase total, como também o resto do mundo pode agora ver a influência maligna que eles têm na região e compreender a sua verdadeira natureza.", delcarou.

Numa das várias entrevistas que concedeu à Sky News, Cameron disse que o Reino Unido teria reagido se uma delegação diplomática britânica tivesse sido atacada por mísseis, condenando, porém, a dimensão da resposta iraniana ao ataque israelita ao consulado em Damasco, que envolveu drones, mísseis de cruzeiro e balísticos. 

"Se essas armas tivessem sido lançadas, poderiam ter provocado milhares de vítimas civis", frisou.

O Irão lançou o seu primeiro ataque direto ao território israelita no sábado, em retaliação a um ataque aéreo mortal a 1 de abril por parte de Israel contra o consulado de Teerão em Damasco, capital da Síria.

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