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Pausa de Pedro Sánchez mobilizou socialistas espanhóis para as europeias

Transmissão televisiva da decelaração ao país de Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha.
Transmissão televisiva da decelaração ao país de Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha. Direitos de autor  Bernat Armangue/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Bernat Armangue/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Euronews
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Pausa de cinco dias no exercício de funções para reflexão teve o condão de unir o eleitorado socialista. PSOE dispara nas intenções de voto para as eleições europeias de junho e tem agora quase 10% de vantagem sobre o PP, segundo o CIS.

Após cinco dias de reflexão, que deixaram o país inteiro em suspenso, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez revelou finalmente que se mantém no cargo "ainda com mais força". 

"Assumo a decisão de continuar com ainda mais força à frente da Presidência do Governo de Espanha", declarou. 

Depois da onda de apoio dos últimos cinco dias, nas ruas, e também por parte dos partidos que apoiam o seu governo de coligação, Pedro Sánchez decidiu resistir.

"Era de facto esperado. Havia poucos incentivos para que ele, o seu partido ou os seus parceiros parlamentares se demitissem hoje, para além da questão pessoal.", observou Diego Bayón, da Harmon Consulting.

Sánchez anunciou a sua possível demissão depois de um juiz ter aberto um processo contra a sua mulher Begoña Gómez por alegado tráfico de influências e corrupção em negócios, naquilo que descreve como uma campanha de difamação orquestrada pela direita. 

Mas muitos questionam a necessidade de abrir um período de reflexão de cinco dias, para poder continuar no cargo.

"Penso que todos esperávamos que, se decidisse continuar, apresentasse uma moção de confiança para reforçar o seu apoio parlamentar ou anunciasse uma série de medidas de regeneração democrática que pudessem pôr termo à situação que ele próprio denuncia.", nota Bayón.

Mobilização para as eleições europeias

Acima de tudo, Pedro Sánchez conseguiu mobilizar mais uma vez o seu eleitorado na perspetiva das eleições europeias, em que o Partido Popular tentará consolidar a sua vantagem sobre os socialistas.

"Permite-lhe mudar o foco da narrativa. Já não se fala tanto das investigações judiciais em curso que afetam tanto o seu partido como a sua mulher", explica Diego Bayón.

"Para além de mudar a narrativa, [isto] permite, com esta lógica de dois blocos e a necessidade de travar a extrema-direita e construir um muro contra o Partido Popular e o Vox, unir o seu eleitorado face às próximas eleições", finaliza. 

Resta saber se o juiz vai continuar com a investigação sobre a alegada corrupção da mulher do primeiro-ministro ou se, como a maioria dos especialistas sugere, o inquérito acabará por ser arquivado. 

Mas, intencionalmente ou não, a ameaça de demissão de Pedro Sánchez deixou os seus adversários inquietos e conseguiu virar as sondagens do avesso.

De acordo com o CIS (Centro de Invesytigações Sociológicas), em Espanha, o PSOE está agora quase dez pontos à frente do Partido Popular nas intenções de voto, depois do anúncio de Sánchez de fazer uma pausa no exercício de funções

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