Foram necessários meses de negociações pós-eleitorais para formar um governo de direita.
Um antigo chefe de espionagem foi apontado como o novo Primeiro-Ministro dos Países Baixos.
Dick Schoof, de 67 anos, vai liderar uma coligação dominada pelo Partido da Liberdade, de direita radical, de Geert Wilders.
A coligação é também composta pelo Partido Popular para a Liberdade e a Democracia, de centro-direita, pelo centrista Novo Contrato Social e pelo Movimento dos Agricultores-Cidadãos.
Schoof é atualmente o mais alto funcionário do Ministério da Segurança e da Justiça.
Wilders felicitou-o num post no X, dizendo que ele "tem um grande historial, é apartidário e, portanto, acima dos partidos, tem integridade e também é muito simpático".
Wilders, que liderou as sondagens nas eleições do ano passado, chegou a um acordo com os outros líderes partidários no início deste mês, pondo fim a meses de negociações que não deixaram claro quem seria o novo primeiro-ministro holandês.
O novo acordo, que tem como slogan "Esperança, coragem e orgulho", inclui planos para impor medidas rigorosas aos requerentes de asilo, acabar com o reagrupamento familiar dos refugiados e reduzir o número de estudantes internacionais a estudar no país.
A dada altura, o documento de 26 páginas diz que o Governo procurará "deportar pessoas sem uma autorização de residência válida tanto quanto possível, mesmo à força".
O candidato preferido de Wilders para primeiro-ministro retirou-se na semana passada, na sequência de alegações de envolvimento em fraudes de patentes médicas.