Missão foi criada em 2005 para apoiar a Autoridade Palestiniana no controlo da fronteira e depois suspensa quando o Hamas assumiu o poder na Faixa de Gaza em 2007.
A União Europeia está a considerar reativar a Missão de Assistência Fronteiriça no Posto de Passagem de Rafah (EUBAM Rafah) na Faixa de Gaza.
Esta missão foi criada em 2005 para apoiar a Autoridade Palestiniana no controlo da fronteira de acordo com os padrões internacionais.
A missão foi suspensa quando o Hamas assumiu o poder na Faixa de Gaza em 2007. Desde então, o Egito tem controlado a passagem das fronteiras, mas a UE gostaria de estar mais presente no terreno.
"Por enquanto, uma das principais questões que a UE precisa de resolver antes de reconsiderar e implementar o EUBAM é quem estará no controlo da fronteira de Rafah na Faixa de Gaza? Será o Egito, que insiste também no retorno da Autoridade Palestiniana à Faixa de Gaza, a ter este papel? Será que Israel também permitirá que, por exemplo, as pessoas deixem livremente a Faixa de Gaza no futuro, após a suspensão do ataque militar? Essas questões determinarão muito bem a possibilidade de a EUBAM estar ativa no terreno e desempenhar um papel positivo", explica Brigitte Herremans, investigadora do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Ghent.
O relançamento da missão EUBAM não será fácil. Uma das principais dificuldades será o facto de Israel poder impedir a EUBAM de executar o seu mandato.
Outro fator de incerteza é, naturalmente, o Hamas, que exerce maior controlo do lado palestiniano. Então, será este o momento indicado para resuscitar a missão EUBAM?
Brigitte Herremans parece ter algumas dúvidas: "Não tenho certeza se o momento é excelente. No entanto, por outro lado, a UE precisa de procurar ter mais acesso e mais presença no terreno, porque sabe que também é um interveniente no conflito, e quer ser mais um ator porque, claro, os Estados Unidos têm sido o principal ator, e nesse sentido [a UE] procura ter um papel construtivo."
Agora que os ministros da UE deram luz verde, os grupos de trabalho em Bruxelas estão a discutir o que é preciso fazer exatamente para voltar a implementar a missão EUBAM.