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Falta financiamento e ação política para gerir inundações na UE

Agência Europeia do Ambiente refere que 12% da população da UE vive em zonas de risco de inundação
Agência Europeia do Ambiente refere que 12% da população da UE vive em zonas de risco de inundação Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Gregoire Lory
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A gestão da água, em contexto de crise climática, é o mote da Semana Verde, um evento promovido pela Comissão Europeia, em Bruxelas. Num relatório publicado, este mês, a Agência Europeia do Ambiente faz soar o alarme: 12% da população da União vive em zonas de risco.

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O município de Pepinster ainda tem bem marcadas as cicatrizes das dramáticas inundações que atingiram o leste da Bélgica, em julho de 2021. A água subiu até ao primeiro andar de alguns edifícios, provocando a morte de sete pessoas e o encerramento de todos os comércios, de uma escola e da administração local.

Para o presidente da Câmara de Pepinster, Philippe Godin, este fenómeno climático extremo foi um "abre-olhos" sobre as consequências das alterações climáticas: “Penso que estamos apenas no início e que devemos, absolutamente, tomar toda uma série de medidas muito mais importantes, eu diria medidas estruturais muito mais fundamentais para que possamos lidar com este fenómeno". 

A gestão do recurso precioso que é a água, em contexto de crise climática, é o mote da Semana Verde, um evento promovido pela Comissão Europeia, esta semana, em Bruxelas.

Autarcas como Philippe Godin estão despertos para a necessidade de agir preventivamente: "Precisamos de mais ordenamento do território, das margens dos rios, das zonas florestais circundantes que são a esponja da região. Em caso de chuva, essas zonas devem ser alvo de medidas para que voltem a desempenhar esse papel".

As imagens de julho de 2021 chocaram a União Europeia porque as inundações também afetaram a Alemanha e os Países Baixos, tendo-se verificado um total de 240 mortes e danos no valor de cerca de 50 mil milhões de euros.

São necessárias mudanças de modelo, mudanças de mentalidade e mudanças culturais.
Alain Maron
Ministro da Transição Climática, governo da Região de Bruxelas

Num relatório publicado, este mês, a Agência Europeia do Ambiente (AEA) faz soar o alarme: 12% da população da União vive em zonas de risco de inundações.

Dinheiro e mentalidade

Prevê-se que estes fenómenos extremos se multipliquem e sejam mais intensos, mas o bloco de 27 países não está suficientemente preparado para agir nas duas frentes necessárias.

"Precisamos de mais meios financeiros, no quadro financeiro europeu, para todas as políticas de adaptação, que devem ser integradas. Isso é o mais eficaz e não é, necessariamente, mais caro. Em segundo lugar, são necessárias mudanças de modelo, mudanças de mentalidade e mudanças culturais", disse, à Euronews, Alain Maron, ministro da Transição Climática do governo da Região de Bruxelas.

O noroeste e o centro do continente europeu são as regiões que poderão ser mais afetadas por inundações, segundo a AEA.

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