Foram divulgados os primeiros dados estatísticos relativos à segurança na primeira semana dos Jogos Olímpicos. Ministro do interior demissionário, Gérald Darmanin, disse que não há ameaças "tangíveis" e pequena criminalidade diminuiu.
A primeira semana dos Jogos Olímpicos de Paris está a chegar ao fim e registou-se uma diminuição da pequena criminalidade e das ameaças à segurança, afirmou esta sexta-feira o ministro do Interior francês demissionário, Gerald Darmanin.
"Tivemos menos 24% de roubos com violência em Paris e nas zonas suburbanas vizinhas de Paris. 10% menos roubos de automóveis e a pequena criminalidade em geral foi largamente reduzida, provavelmente devido ao aumento da presença da polícia e da gendarmerie nas áreas públicas", disse Darmanin aos jornalistas.
Os primeiros dias da competição foram marcados pelo caos, com o encerramento da principal rede ferroviária de alta velocidade do país, devido a atos de vandalismo.
Na noite de quinta para sexta-feira - dia do início oficial dos JO - foram cortados e incendiados cabos de fibra ótica que garantiam a transmissão de informações de segurança aos condutores em vários locais da rede TGV.
Na altura, o ministro do Interior demissionário deixou claro que na sua opinião estas tinham sido "sabotagens voluntárias" e "extremamente bem direcionadas", sendo este "o modo de ação tradicional da ultra-esquerda", disse em declarações numa entrevista.
Continuam a existir incidentes, foram registadas 200 detenções das quais 180 ficaram detidas para interrogatório, mas Darmanin não atribui especial importância a nenhum em concreto. "Todos os dias prendemos indivíduos que acreditamos poderem cometer ações criminosas , mas não houve e, até agora, não temos conhecimento de uma ameaça tangível" por parte de organizações que viessem de indivíduos do exterior - não há nenhuma conspiração organizada que esteja a ser planeada, que tenhamos conhecimento", disse em declarações.
Gerald Darmanin, que já tinha assumido na véspera da cerimónia de abertura que não existia uma ameaça concreta, realça agora que a França está atenta a tudo o que se passa à volta, em especial ao que se passa na guerra da Ucrânia e no Médio Oriente. "Dispomos de serviços de informação extremamente eficientes. "Estamos a proteger de uma forma muito meticulosa todas as delegações, sejam elas de certas nações árabes ou a delegação israelita, e com forças especiais muito empenhadas", afirmou.
As autoridades francesas estão desde sempre atentas a ameaças terroristas e no início de junho foi inclusive detido um jovem por suspeita de planear um ataque terrorista.