Esta decisão constitui um risco para Puigdemont, uma vez que o seu mandado de captura continua em vigor. O líder separatista enfrenta a prisão imediata se regressar a Espanha.
Após quase sete anos a evitar a justiça espanhola, o antigo presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou a sua intenção de regressar a Espanha. A decisão implica um risco pessoal para o líder separatista, que enfrenta a prisão imediata se regressar ao seu país.
Puigdemont tem estado exilado na Bélgica desde outubro de 2017, altura em que a independência da Catalunha fracassou. O líder separatista foi, consequentemente, destituído do cargo de presidente do governo da Catalunha e foi acusado de rebelião, sedição política e desvio de fundos.
O anúncio de intenção de regresso a Espanha foi feito através de uma carta publicada na rede social X, onde Puigdemont refere estar consciente das consequências que esta decisão implica e onde sublinha que esta é a sua última opção para tentar evitar um governo regional pró-espanhol na Catalunha. Este governo deverá tomar posse esta semana após uma votação no parlamento regional.
O juiz do Supremo Tribunal, Pablo Llarena, confirmou que o mandado de captura de Puigdemont continua em vigor apesar da lei de amnistia aprovada pelo governo nacional. Llarena referiu, ainda, que esta lei não abrange a acusação de desvio de fundos, o que significa que poderá enfrentar anos de prisão se regressar.
Caso opte por regressar a Espanha esta semana, o antigo presidente do governo regional da Catalunha e fundador do Junts per Catalunya poderá enfrentar entre dois e seis anos de prisão, com uma inibição de direitos de seis a dez anos. No entanto, em casos mais graves, as penas podem aumentar para oito anos de prisão e 20 anos de inibição de direitos.