Opositores acusam Pedro Sánchez, líder dos socialistas, de estar disposto a tudo para permanecer no poder.
Milhares de pessoas protestaram em Madrid depois de Pedro Sánchez ter fechado o acordo com os separatistas catalães, esta quinta-feira.
O pacto entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o partido Juntos pela Catalunha, liderado por Carles Puigdemont, inclui uma futura amnistia para os catalães que lutaram pela independência da região. No entanto, ainda não são conhecidos pormenores.
A violência irrompeu na capital espanhola diante da sede do PSOE. Há vários dias que as manifestações não param, terminando frequentemente em confrontos violentos.
A oposição acusa Sánchez, atualmente chefe de governo interino, de estar disposto a tudo para permanecer no poder.
"Estes acordos de vergonha não resolvem problema nenhum. Pelo contrário, agravam os problemas. Estamos a falar de ceder a chantagem", disse Alberto Nuñez Feijóo, presidente do Partido Popular, de centro-direita.
Santiago Abascal, líder do Vox, de extrema-direita, concorda. "Hoje, foi definitivamente posto em marcha o golpe contra a nação, contra a democracia e contra a lei. Portanto, começa um período negro na história de Espanha," lamentou Abascal.
O acordo foi negociado em Bruxelas, na Bélgica, onde Puigdemont se exilou depois do referendo falhado para a independência da Catalunha em 2017. O catalão é eurodeputado desde 2019.
O governo de coligação deve formalmente ser aprovado até 27 de novembro. Caso contrário, haverá novas eleições em janeiro.