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Puigdemont desaparecido após chegada a Espanha

Puigdemont em Espanha
Puigdemont em Espanha Direitos de autor Joan Mateu/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Joan Mateu/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Jesús MaturanaEuronews en español
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Artigo publicado originalmente em espanhol

O antigo presidente da Generalitat regressou a Espanha como "a única forma de voltar à normalidade" e participou num evento de boas-vindas. O líder do Junts chegou rodeado de apoiantes e discursou antes de desaparecer novamente.

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Sete anos após a sua fuga para a Bélgica, Carles Puigdemont regressou a Espanha. O antigo presidente catalão chegou a Barcelona na companhia de Josep Rull, atual presidente do Parlamento, e no meio de uma grande multidão de apoiantes e jornalistas.

De acordo com o sindicato policial JUPOL, os agentes dos Mossos d'Esquadra terão facilitado a chegada do líder separatista.

"Puigdemont entrou no meio da multidão graças aos Mossos que acompanham os funcionários da Junts", afirmaram na rede social X, onde partilharam um vídeo do momento.

Depois de discursar no Passeig Lluís Companys, por volta das 09:00, o fundador do Junts, voltou a desaparecer. No entanto, o seu partido garante que ele se apresentará na Generalitat, que foi blindada pelos Mossos d'Escuadra, durante a investidura de Salvador Illa.

Ao meio-dia, as autoridades detiveram um agente da polícia catalã, dono do carro branco em que Puigdemont terá saído após o seu discurso, no qual garantiu que tinha vindo a Espanha "para recordar o direito da Catalunha a decidir o seu futuro". "Apesar da repressão, hoje venho recordar-vos que continuamos aqui. O direito à autodeterminação pertence ao povo, às pessoas que vivem nessas cidades", disse o antigo líder catalão.

O presidente do Partido Popular, Alberto Nuñez Feijoo, descreveu como "uma humilhação insuportável" o capítulo vivido esta manhã com Puigdemont e o facto de este não ter sido detido, apontando também Pedro Sánchez como o principal culpado.

Polícia ativa "Operação Jaula"

A polícia catalã acabour por acionar um dispositivo especial para tentar localizar e prender dirigente separatista.

As autoridades atacaram os manifestantes com bastões e gás pimenta na quinta-feira, quando estes romperam o cordão policial para aceder ao Parque Ciutadella, a poucos metros do Parlamento.

Cerca de três horas depois, a "Operação Jaula", que provocou vários constrangimentos nas estradas da região catalã, foi desativada. Para o dispositivo os "Mossos" ativaram todos os meios terrestres, marítimos e aéreos.

Carles Puigdemont anunciou esta semana que iria regressar a Espanha e que tencionava assistir à sessão plenária de investidura do presidente da Generalitat, Salvador Illa.

"Em condições democráticas normais, o facto de um deputado como eu anunciar a sua intenção de assistir à sessão seria desnecessário e irrelevante, mas as nossas condições democráticas não são normais", afirmou olíder secessionista, foragido da justiça após o referendo ilegal sobre a independência da Catalunha.

O político é alvo de um mandado de captura por desvio de fundos públicos e alta traição, sendo que o primeiro crime mencionado, não faz parte da amnistia decretada pelo Supremo Tribunal para os participantes no referendo catalão, segundo o juiz Llarena.

O político pró-independência está fugido da justiça espanhola há quase sete anos, desde outubro de 2017. Durante todo este tempo residiu em Waterloo, na Bélgica, e permaneceu como eurodeputado no Parlamento Europeu.

Multidão de apoiantes deu-lhe as boas-vindas na Catalunha

O Passeig Lluis Companys, em Barcelona, foi invadido por dezenas de milhares de pessoas com bandeiras catalãs, num evento que antecedeu o Parlamento Europeu, onde Carles Puigdemont deverá comparecer.

Puigdemont durante o seu discurso no evento de homenagem em Barcelona, 8 de agosto de 2024
Puigdemont durante o seu discurso no evento de homenagem em Barcelona, 8 de agosto de 2024RTVE

Dezenas de milhares de pessoas juntaram-se e espera-se que usem máscaras de Puigdemont, ao estilo do filme "V de Vingança", durante este evento que tem lugar às 9:00, hora espanhola, mais uma que em Lisboa.

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O regresso e a possível detenção

O futuro de Carles Puigdemont dependerá do juiz Llarena, que mantém o mandado de captura ativo. A 'Euronews' falou com membros do Corpo Nacional de Polícia para esclarecer se o antigo presidente da Generalitat catalã pode ser detido. "Quando entrar em Espanha, será perfeitamente localizado e, se houver realmente vontade de o prender, a polícia fá-lo-á", afirmou César Alvarado, um dos porta-vozes da Associação Uma Polícia para o Século XXI.

O presidente da câmara regional é Josep Rull, membro do Junts, o partido de que faz parte o próprio Puigdemont . Rull ofereceu o seu gabinete ao líder fugitivo como local seguro. Perante estes factos, o Partido Popularacusou-o de "torcer os regulamentos" para os "adaptar às necessidades de Puigdemont".

Com o seu regresso , Puigdemont arrisca-se a ser preso. O advogado Antonio Gómez de Olea explica à Euronews que, no Parlamento , "pode haver alguma proteção ou, digamos, impedimentos no que se refere à detenção do ex-vice-presidente catalão".

"Mas, no final, como se trata de território nacional, ele acabará por ser detido mais cedo ou mais tarde, porque um parlamento não tem o mesmo estatuto jurídico que uma embaixada de um país da UE ou de um país terceiro", acrescenta Gómez de Olea. Tudo isto sugere que a detenção é inevitável.

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O que acontecerá depois da detenção de Carles Puigdemont?

Se for detido pela Guardia Civil ou pela Polícia Nacional, será transferido diretamente para o Supremo Tribunal. Se for detido pelos Mossos, deverá ser um comandante a fazê-lo, depois de o cumprimentar e de o introduzir na viatura sem algemas para o transferir para o tribunal de serviço, explica o agente César Alvarado.

Depois de ser levado ao tribunal, "será tomada uma decisão sobre a libertação de Carles Puigdemont e é muito provável que o seu advogado invoque a Lei da Amnistiapara defender a liberdade da pessoa que está a ser investigada", diz Antonio Gómez de Olea.

Carles Puigdemont irá para a prisão?

"Poderá ir para prisão preventiva, desde que o juiz Llarena avalie três conceitos: risco de fuga, destruição de provas ou reiteração criminosa". Assim, a opção pela prisão preventiva é possível, de acordo com os peritos jurídicos.

Espera-se que estes grupos coordenem protestos em massa em caso de detenção previsível do político pró-independência.

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Em Atualização.

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