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"Comissão Europeia deve adotar um alargamento gradual", defende ministra austríaca

Ministra austríaca para a UE , Karoline Edtstadler numa conferência de imprensa em Viena, Áustria, domingo, 16 de janeiro de 2021.
Ministra austríaca para a UE , Karoline Edtstadler numa conferência de imprensa em Viena, Áustria, domingo, 16 de janeiro de 2021. Direitos de autor AP Photo/Michael Gruber
Direitos de autor AP Photo/Michael Gruber
De  Jeremy Fleming-Jones
Publicado a
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Artigo publicado originalmente em inglês

A eurodeputada austríaca Karoline Edtstadler defendeu que dois novos membros, Montenegro e Albânia, poderão aderir ao bloco até 2030.

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A UE deve admitir o Montenegro e a Albânia como Estados-membros até 2030, com a Comissão Europeia a encorajar outros candidatos através de um "alargamento gradual", disse a ministra austríaca para a Europa à Euronews.

"Penso que a UE terá 29 membros em 2030, com o Montenegro a aderir em 2028 e a Albânia em 2030, uma vez que vi em primeira mão (...) o quão empenhados e ambiciosos estão no processo", disse Edtstadler à Euronews, depois de ter visitado ambos os países em abril.

"Podemos lutar contra o nacionalismo crescente nos países candidatos, especialmente nos Balcãs Ocidentais, mas apenas se dermos incentivos, o que deve ser feito através de uma integração gradual", afirmou Edtstadler.

O alargamento gradual implica que os países que pretendem aderir à UE recebam benefícios parciais de adesão à medida que ultrapassam condições específicas, em vez da abordagem "tudo ou nada" que recompensa apenas os que aderem plenamente.

"Por exemplo, quando um conjunto de capítulos está concluído, mas a integração total continua pendente, a UE deve permitir o acesso numa base gradual, de modo a refletir esses capítulos concluídos, especialmente no que diz respeito ao mercado único, por exemplo, o SEPA", disse Edtstadler, referindo-se a um sistema existente na UE que permite pagamentos unificados entre bancos. "Isto dar-lhes-ia a sensação de que já estão a chegar lá", acrescentou.

Outra medida proposta pela eurodeputada seria convidar os países candidatos a participar em reuniões em Bruxelas com maior frequência, o que permitiria aos seus políticos informar os cidadãos em primeira mão sobre o processo.

"Estou plenamente convencida de que este conceito de integração gradual será adotado pela próxima Comissão, porque não há alternativa ao processo de adesão", afirmou.

Karoline Edtstadler falou à margem do Fórum Alpbach, o congresso anual de política em Tirol, durante o qual participou num painel sobre o alargamento da UE.

Adesão ao estilo dos anos 2000

Também Andrius Kubilius, o próximo comissário europeu da Lituânia, defendeu o alargamento gradual numa entrevista à Euronews.

Andrius Kubilius fala à comunicação social numa assembleia de voto em Vilnius, quando era primeiro-ministro. 14 de outubro de 2012.
Andrius Kubilius fala à comunicação social numa assembleia de voto em Vilnius, quando era primeiro-ministro. 14 de outubro de 2012. Mindaugas Kulbis/AP

Na entrevista, Kubilius, que foi duas vezes primeiro-ministro da Lituânia, sublinhou os argumentos geopolíticos a favor do regresso a uma filosofia de alargamento ao estilo do início dos anos 2000, em que dez novos países aderiam ao bloco de uma só vez.

"Há mesmo algumas ideias que defendem que, em primeiro lugar, o país deve entrar no mercado único e, em seguida, deve avançar com todos os outros capítulos: a chamada integração progressiva ou integração faseada", afirmou.

O comissário europeu da Lituânia relembrou o caso histórico dos dez países que aderiram em 2004, como foram os casos da Estónia, Letónia ,Lituânia, Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Chipre e Malta. "Têm a experiência certa", considerou.

Kubilius era primeiro-ministro quando a Lituânia iniciou as suas próprias negociações com Bruxelas, em 2000.

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