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O caminho de Raffaele Fitto para a Comissão Europeia

Raffaele Fitto
Raffaele Fitto Direitos de autor Luca Bruno/AP
Direitos de autor Luca Bruno/AP
De  Giorgia Orlandi
Publicado a Últimas notícias
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O Fratelli d'Italia afirma que Fitto se destaca entre os outros candidatos a Comissário.

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Se, por um lado, Raffaele Fitto parece ser uma boa opção para o cargo de comissário europeu, por outro, há ainda um longo caminho a percorrer até que a sua nomeação seja confirmada e o caminho não está isento de obstáculos.

"O ministro italiano dos Assuntos Europeus e do Sul não tem falta de competência, tendo ocupado altos cargos tanto nas instituições europeias como no governo italiano. Penso que Fitto acabará por ser o mais qualificado de entre os outros comissários”, afirmou o senador Lucio Malan, do Fratelli d'Italia, à Euronews. "Tem a experiência e as competências necessárias, mas também conseguiu grandes resultados nos últimos anos, tendo de gerir fundos de recuperação”.

Mas o processo de seleção pode ser duro, incluindo exames e audições. “Os liberais já disseram que não são a favor da sua candidatura”, diz o analista político Giovanni Orsina à Euronews, “e ainda não se sabe qual será o apoio que Fitto terá do PPE, porque os socialistas e os liberais também precisam do apoio do PPE. Assim, se o PPE o apoiar, as suas hipóteses de ser nomeado serão maiores. Mas é evidente que tudo pode acontecer e que não se trata de um concurso fácil”.

Orsina afirma igualmente que o governo de Meloni pode beneficiar da nomeação de Fitto. "Entre junho e julho, Giorgia Meloni foi fortemente criticada pelos partidos da oposição, que a acusaram de isolar a Itália”, diz Orsina, "mas se hoje conseguir assegurar uma vice-presidência executiva para Itália, poderá desafiar as forças da oposição, mostrando que jogou bem as suas cartas“.

Mas há uma outra leitura da possível nomeação de Fitto que, segundo Orsina, está diretamente ligada à decisão da primeira-ministra italiana de retirar o apoio à reeleição de Von Der Leyen como presidente da Comissão Europeia. “A sua decisão na altura”, diz Orsina, ”fazia parte de um acordo com o PPE. Se Fitto for nomeado, isso mostra que tudo faz parte do mesmo acordo”.

Muitos concordam que a atribuição a Raffaele Fitto da pasta de vice-presidente executivo, responsável pela economia e pela recuperação pós-pandemia, seria um ganho significativo para a Itália.

De acordo com Gianni Pittella, antigo vice-presidente do Parlamento Europeu, “a vice-presidência permitiria a Fitto cobrir um vasto leque de questões e, se for responsável pelos fundos de recuperação da pandemia, dar-lhe-ia a oportunidade de cuidar da Itália, que é o maior beneficiário dos fundos Next Generation EU”, acrescentando que “se lhe for atribuída também a responsabilidade pela economia, supervisionaria o Pacto de Estabilidade, que é crucial para Roma”.

Como salienta Orsina, a pasta da economia é extremamente relevante, uma vez que a Itália foi colocada sob o procedimento de défice excessivo pela UE. Por agora, todos os olhos estão postos na Presidente da Comissão Europeia, que em breve apresentará a sua equipa e as respetivas pastas.

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