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Dinamarquesa DSV garante acordo para comprar unidade de logística da Deutsche Bahn

A a DSV, com sede na Dinamarca, prepara-se para ser a maior empresa de logística do mundo.
A a DSV, com sede na Dinamarca, prepara-se para ser a maior empresa de logística do mundo. Direitos de autor Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix
Direitos de autor Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix
De  Eleanor Butler
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Com a aquisição da Schenker, a DSV vai tornar-se a maior empresa de logística do mundo.

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A empresa dinamarquesa DSV conseguiu chegar um acordo para comprar a Schenker, a unidade de logística da empresa ferroviária estatal da Alemanha, Deutsche Bahn (DB).

O acordo, assinado na sexta-feira, avalia a Schenker em 14,3 mil milhões de euros, com 11,3 mil milhões em capitais próprios.

O anúncio de sexta-feira marca a maior venda na história da DB e vai tornar a DSV a maior empresa de logística do mundo.

A DSV vai financiar a compra através da venda de até 5 mil milhões de euros em ações e através de financiamento.

"A aquisição da Schenker é uma transação transformadora para a DSV", disse a empresa dinamarquesa num comunicado. "Juntas, a DSV e a Schenker terão uma receita combinada de 293 mil milhões de coroas dinamarquesas e uma força de trabalho conjunta de cerca de 147.000 funcionários em mais de 90 países", continuou o comunicado, referindo uma receita que equivale a cerca de 39,26 mil milhões de euros.

O diretor executivo da Deutsche Bahn, Richard Lutz, diz que a venda oferece à subsidiária de logística da DB "perspetivas claras de crescimento".

"É importante para nós encontrar um parceiro forte para a Schenker e uma casa de longo prazo para os funcionários da empresa" , disse Lutz.

A DB está a vender a Schenker, a divisão mais lucrativa da empresa, para reduzir a dívida e desbloquear investimentos na área do transporte doméstico de passageiros. Mas a escolha do comprador pode ser uma deceção para os trabalhadores.

A sociedade de investimento CVC Capital Partners também estava interessada na Schenker. Fez uma proposta inferior, em que a DB poderia manter uma participação de 24,9%. O sindicato Ver.di apoiava essa proposta, porque acreditava que poderia resultar em menos cortes de empregos.

O diretor financeiro da DSV, Michael Ebbe, disse à Reuters que a empresa planeia cortar entre 1.600 e 1.900 postos de trabalho na Schenker na Alemanha, num universo de 15.000 funcionários.

No entanto, Ebbe sublinhou que a empresa que resultar da fusão vai aumentar o número de funcionários ao longo de um período de cinco anos, de modo a que o número de trabalhadores na Alemanha exceda os níveis atuais.

Disse também que a DSV também vai gastar um valor extra de 10 milhões de euros em compensações adicionais para apaziguar os sindicatos.

Espera-se que este negócio seja concluído no segundo trimestre de 2025, depois de uma aprovação da entidade reguladora. O conselho de supervisão da Deutsche Bahn e o Ministério alemão dos Transportes também precisam de dar luz verde à aquisição, o que deve acontecer nas próximas semanas.

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