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EUA negam envolvimento em ataque com pagers no Líbano que fez pelo menos doze mortos

EUA negam envolvimento em ataque com pagers no Líbano
EUA negam envolvimento em ataque com pagers no Líbano Direitos de autor AP Photo
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De  Euronews com AP
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Milhares de aparelhos explodiram em simultâneo. Hezbollah aponta o dedo a Israel após ataque que matou, pelo menos, doze pessoas e deixou milhares de feridos. Dispositivos eram de marca taiwanesa mas de fabrico húngaro.

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Pelo menos doze pessoas morreram e cerca de 3.000 ficaram feridas após milhares de pagers – dispositivos utilizados para enviar mensagens – terem explodido na terça-feira no Líbano e também na Síria. Entre as vítimas mortais estão duas crianças, uma de oito e outra de onze anos.

O Hezbollah, que é apoiado pelo Irão, disse que os pagers pertenciam “a funcionários de várias unidades e instituições do Hezbollah” e confirmou a morte de oito dos seus combatentes.

O grupo, assim como o primeiro-ministro libanês, culpou Israel pelas explosões dos dispositivos, que eram utilizados como forma de comunicação entre os militantes. Os militares israelitas não quiseram comentar.

O ataque provocou o caos no Líbano, com as urgências hospitalares a serem inundadas com pessoas, feridas pelos ataques, que o país acredita terem sido planeados e controlados à distância.

Um porta-voz do Pentágono disse que não houve envolvimento dos EUA nas explosões de pagers no Líbano, afirmando que Washington está a monitorizar a situação.

Pagers eram de marca taiwanesa mas de fabrico húngaro

A empresa taiwanesa Gold Apollo disse na quarta-feira que autorizou a sua marca nos pagers que explodiram no Líbano e na Síria, mas que estes dispositivos foram fabricados por outra empresa, sediada em Budapeste, na Hungria.

De acordo com um comunicado, divulgado esta quarta-feira pela Gold Apollo, os pagers AR-924 foram fabricados pela BAC Consulting KFT, sediada na capital húngara.

“Nos termos do acordo de cooperação, autorizamos a BAC a utilizar a nossa marca registada para a venda de produtos em determinadas regiões, mas a conceção e o fabrico dos produtos são da exclusiva responsabilidade da BAC”, lê-se no comunicado.

O presidente da Gold Apollo, Hsu Ching-kuang, disse aos jornalistas que a sua empresa tinha um acordo de licenciamento com a BAC nos últimos três anos, mas não apresentou provas do contrato.

Mossad pode ser a responsável

A agência de Inteligência de Israel, Mossad, pode ser a grande responsável pelo ataque que vem agudizar as tensões entre Israel e o Hezbollah.

De acorco com a agência Reuters, a Mossad terá colocado uma pequena quantidade de explosivos em 5.000 pagers, encomendados pelo grupo libanês Hezbollah. A agência noticiosa cita duas fontes, uma delas ligadas à segurança libanesa.

Os dispositivos terão sido adquiridos pelo grupo há cerca de seis meses pelo que, segundo a Reuters, a ataque estava a ser preparado há vários meses.

Hezbollah promete retaliar e mantém apoio ao Hamas

O Hezbollah diz que Israel é “totalmente responsável por esta agressão criminosa que também teve como alvo civis" e que o ataque de terça-feira terá uma reposta.

“Este inimigo traiçoeiro e criminoso irá certamente receber o seu justo castigo por esta agressão pecaminosa, quer o espere ou não”, acrescenta.

O grupo xiita Hezbollah afirmou esta quarta-feira que “irá continuar” as operações em "solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas", assim como irá manter o “apoio e suporte à valente resistência palestiniana”.

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União Europeia condenada ataque

A União Europeia condenou o ataque realizado no Líbano. O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, fala numa "situação preocupante" que "não pode deixar de condenar"

"Mesmo que os ataques pareçam ter sido direcionados, provocaram danos colaterais pesados e indiscriminados entre os civis, incluindo crianças entre as vítimas", afirmou em comunicado. "Considero esta situação extremamente preocupante. Não posso deixar de condenar estes ataques que põem em perigo a segurança e a estabilidade do Líbano e aumentam o risco de escalada na região".

O porta-voz reforçou ainda a necessidade de evitar a escalada de violência na região.

"A União Europeia apela a todas as partes interessadas para que evitem uma guerra total, que teria pesadas consequências para toda a região e não só".

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