Chanceler sublinhou que muitas pessoas de outros países ajudaram a economia do país, mas acrescentou que o governo deve poder escolher quem vem para a Alemanha.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhou o desejo do público de “uma política séria” e não de “uma atuação teatral”, depois de as conversações sobre migração com o partido da oposição CDU terem fracassado na terça-feira.
Apesar de Scholz ter defendido agressivamente a política de acolhimento de migrantes do seu governo de coligação, a Alemanha decidiu recentealargar os controlos a todas as suas fronteiras terrestres. Para outros países do bloco europeu, como Bélgica, Polónia e Áustria, a decisão prejudica o espaço Schengen e pode desestabilizar a UE como um todo.
O chanceler alemão defendeu que muitas pessoas de outros países ajudaram a economia alemã, mas sublinhou que o governo deve poder escolher quem vem para a Alemanha. No entanto, o líder alemão garantiu que a "porta não está fechada".
AfD diz que Scholz é o "chanceler do declínio"
Durante uma intervenção no parlamento alemão, Scholz fez ainda referência ao recente sucesso do Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita e anti-imigração, durante as duas eleições estaduais no leste da Alemanha, afirmando que o AfD está “casado com o passado” e a tentar roubar o futuro do país.
A líder da AfD, Alice Weidel, falou imediatamente a seguir a Scholz e afirmou que este é o “chanceler do declínio”.
Apontando para os recentes problemas da Volkswagen e para os planos de redução da força de trabalho, Alice Weidel afirmou que “os nomes mais famosos estão a cortar postos de trabalho na Alemanha e a deslocalizar-se para o estrangeiro porque já não são competitivos” no país.
Pensionistas são prioridade para Olaf Scholz
“Não há nenhum país no mundo com uma população ativa a diminuir que tenha crescimento económico. É essa a verdade com que nos confrontamos”, afirmou Scholz, destacando as pensões como uma das ferramentas mais importantes para o futuro dos jovens do país.
Tanto os partidos de extrema-esquerda como os de extrema-direita têm vindo a capitalizar a luta de muitos pensionistas para cobrir os custos num contexto de aumento do custo de vida, incluindo a energia.