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Comissão Europeia: nomeação de Raffaele Fitto para vice-presidente executivo é criticada

Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, apresenta os novos membros da sua equipa
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, apresenta os novos membros da sua equipa Direitos de autor Dati Bendo/EC
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De  Paula SolerVincenzo Genovese
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Artigo publicado originalmente em inglês

Os socialistas, os liberais e os verdes opõem-se à nomeação, por von der Leyen, do italiano de extrema-direita Raffaele Fitto para vice-presidente executivo da nova Comissão Europeia.

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A decisão da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de nomear o italiano Raffaele Fitto, do partido de extrema-direita de Giorgia Meloni, como um dos seis vice-presidentes executivos, foi criticada pelos moderados que apoiaram a sua recondução no Parlamento Europeu.

Von der Leyen propôs Fitto como vice-presidente executivo para a Coesão e Reformas na terça-feira, quando revelou a equipa de Comissários para os próximos cinco anos, após semanas de negociações. Com a nova equipa, a presidente da Comissão Europeia pretendia obter um maior equilíbrio de género, bem como de representação política e geográfica.

Mas Iratxe García, líder socialista no Parlamento Europeu, afirmou que a nomeação "não corresponde às exigências da nossa família política", alegando que o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) não fazia parte da maioria que apoiava von der Leyen para um novo mandato.

Nem os socialistas e democratas, nem os liberais da UE vêem a nomeação de Fitto como uma "linha vermelha" para retirar o apoio à comissão de von der Leyen, mas Fitto vai precisar da aprovação dos eurodeputados para conseguir o cargo.

"Já tínhamos alertado para esta decisão política de Ursula von der Leyen. Ela confirmou-a. Tomámos nota do facto. Agora está na altura das audições e vamos fazer exigências reais a Fitto", disse a eurodeputada francesa Valérie Hayer, líder dos liberais da UE, numa conferência de imprensa em Estrasburgo.

A competência, a independência em relação aos Estados-membros e um empenhamento pró-europeu serão três requisitos fundamentais para o grupo liberal de Hayer, afirmou.

O Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, por outro lado, considera que premiar a extrema-direita italiana com uma vice-presidência poderá empurrar a Comissão mais para a direita, e manifestou dúvidas sobre outras nomeações de comissários, nomeadamente os candidatos húngaro e austríaco: Olivér Várhelyi e Magnus Brunner.

"Ele [Várhelyi] não teve um bom desempenho no mandato anterior [...] e também, tanto quanto sei, não sabe nada sobre bem-estar e saúde animal, por isso, nesse sentido, também há preocupações", disse o eurodeputado Bas Eickhout, copresidente do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, acrescentando que um conservador austríaco responsável pela migração também é uma grande preocupação.

Esta é a Comissão Europeia mais à direita de sempre

O grupo da Esquerda saudou o equilíbrio de género conseguido por von der Leyen, mas não tanto o facto de esta ser a Comissão Europeia mais à direita de sempre e de Fitto ter sido nomeado para vice-presidente executivo.

"Isto não tem precedentes e penso que diz alguma coisa sobre a atual orientação política da Comissão Europeia", afirmou a eurodeputada francesa Manon Aubry, co-líder do partido de esquerda.

Os próximos passos serão a preparação pelo Parlamento Europeu das chamadas "audições dos comissários", em que cada candidato terá de assegurar pelo menos uma maioria de dois terços na(s) comissão(ões) competente(s) do Parlamento Europeu para ser aprovado.

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