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Procuradores italianos admitem riscos de "influência ao estilo da máfia" no futebol

O procurador nacional anti-máfia Giovanni Milillo, o procurador de Milão Marcello Viola e o comissário da polícia de Milão Bruno Maria Megale participam numa conferência de imprensa na sede da
O procurador nacional anti-máfia Giovanni Milillo, o procurador de Milão Marcello Viola e o comissário da polícia de Milão Bruno Maria Megale participam numa conferência de imprensa na sede da Direitos de autor  Luca Bruno/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De Euronews com AP
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19 pessoas foram detidas em Itália, na segunda-feira, acusadas de formarem grupos mafiosos ligados aos negócios do futebol. Os procuradores afirmam que há já algum tempo que se corre o risco de uma deriva para atividades criminosas levadas a cabo nos estádios de futebol italianos.

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Foram detidas em Itália 19 pessoas, na segunda-feira, acusadas de formarem grupos mafiosos ligados ao negócio do futebol.

A maior parte dos detidos são ultras de topo - ou adeptos de primeira linha - dos clubes de futebol milaneses FC Internazionale e AC Milan. A medida "dizimou" a liderança dos grupos de adeptos que apoiavam os dois emblemáticos clubes da Serie A, segundo a imprensa local.

Em conferência de imprensa, os procuradores italianos revelaram que as possíveis acusações incluem associação criminosa com recurso a "métodos mafiosos", extorsão, agressão e outros crimes graves.

De acordo com a ampla investigação, a rede criminosa estava ligada à 'Ndrangheta, a organização mafiosa italiana que emergiu nos últimos anos como uma das mais poderosas no mundo.

Os procuradores alegam que os suspeitos tentaram assumir o controlo de todas as atividades comerciais lucrativas em torno do estádio Giuseppe Meazza de Milão - também conhecido como San Siro - incluindo o estacionamento, a alimentação, a venda de bilhetes e de lembranças.

Os investigadores afirmam que alguns dos suspeitos poderão também estar envolvidos no tráfico de droga.

Giovanni Melillo, procurador nacional antimáfia de Itália, disse que "a realidade mostra que há riscos claros, há já algum tempo, de uma deriva para atividades criminosas [levadas a cabo] nos estádios italianos [de futebol]", acrescentando que os clubes são "alvo das organizações criminosas que estão a tentar fazer lucro e expandir a sua influência, seguindo a lógica típica dos mafiosos".

O procurador de Milão, Marcello Viola, esclareceu que os dois clubes de futebol de Milão são "partes ofendidas" na investigação, tendo adotado regras para evitar irregularidades.

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