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Milhares de pessoas protestam pelo excesso de turismo nas Ilhas Canárias

Protesto anti-turismo nas Ilhas Canárias, 20 de outubro de 2024
Protesto anti-turismo nas Ilhas Canárias, 20 de outubro de 2024 Direitos de autor  'RTVE' vía EBU.
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De Euronews
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O turismo é o principal motor económico das ilhas, mas também tem prejudicado os locais no mercado imobiliário.

Cerca de 30.000 pessoas saíram às ruas das diferentes cidades e vilas do arquipélago das Canárias no domingo, para dizerem que as ilhas "têm um limite".

Em 2023, mais de 16 milhões de turistas visitaram o arquipélago e é provável que esse número seja superior quando 2024 terminar. Os turistas gastaram mais de 20 mil milhões de euros nas Canárias em 2023, mas isso tem um preço. E embora os manifestantes admitam que o turismo proporciona empregos cruciais, dizem que a maioria dos trabalhos são pouco qualificados e mal pagos.

Como muitas propriedades são segundas habitações de pessoas que não vivem todo o ano nas Canárias, comprar uma casa para viver tornou-se proibitivamente caro - e alugar um apartamento acessível é uma luta desde há muito tempo.

O turismo cresceu 5% no ano passado e os manifestantes dizem que é demasiado, pois as ilhas estão a ficar sobrelotadas. Muitos sugerem que a resposta está em atrair menos turistas e mais ricos, como outros países têm feito com sucesso.

Impato na biodiversidade

Entre as associações por detrás do mais recente protesto está a Ecologists in Action. A associação lamenta os danos que o turismo de massas tem causado à biodiversidade sensível das Ilhas Canárias, que têm áreas protegidas, espécies endémicas e ecossistemas únicos resultantes da sua formação vulcânica.

Depois de um grande protesto em abril, os manifestantes esperavam que o parlamento das ilhas aprovasse nova legislação, como a introdução de um imposto turístico, que já está a ser cobrado nas Ilhas Baleares, em Espanha, que sofrem problemas semelhantes.

Mas, segundo os manifestantes, não houve alterações legislativas substanciais - e não há taxa turística.

Em Maspalomas, nas Gran Canárias, um dos manifestantes, Eugenio Reyes, disse à imprensa local que "tudo continua na mesma".

"Não houve qualquer contacto oficial, nem foi criado um observatório ou um espaço para a sociedade civil ouvir os cidadãos, que têm propostas concretas", afirmou.

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