Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Scholz apela à paz na Ucrânia na primeira conversa telefónica com Putin em mais de dois anos

O chanceler alemão Olaf Scholz deixa o Palácio Bellevue em Berlim na quinta-feira, 7 de novembro de 2024.
O chanceler alemão Olaf Scholz deixa o Palácio Bellevue em Berlim na quinta-feira, 7 de novembro de 2024. Direitos de autor  Kay Nietfeld/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
Direitos de autor Kay Nietfeld/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
De Julia-Luise Hueske & Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Pela primeira vez em dois anos, o chanceler Olaf Scholz manteve uma conversa telefónica com o presidente russo Vladimir Putin, que garantiu que a paz depende da anexação de territórios ucranianos ocupados por Moscovo.

PUBLICIDADE

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou ao telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, pela primeira vez em dois anos, na sexta-feira.

Durante a conversa, Scholz condenou a guerra da Rússia na Ucrânia, apelando a Putin para acabar com o conflito e retirar as tropas russas do território ucraniano. Scholz também instou Moscovo a iniciar negociações com Kiev para alcançar uma paz justa e duradoura.

“A Rússia deve mostrar vontade de negociar com a Ucrânia - com o objetivo de alcançar uma paz justa e duradoura”, reiterou Scholz num post no X após o apelo.

O chanceler garantiu que Berlim está ao lado da Ucrânia e que continuará a apoiá-la na sua defesa contra a guerra de agressão russa, que já vai no seu terceiro ano.

Putin sublinhou que qualquer potencial acordo sobre a Ucrânia deve refletir “as novas realidades territoriais” e “abordar as causas profundas do conflito”, de acordo com uma declaração do Kremlin partilhada pela agência estatal Tass.

Putin sublinhou ainda o declínio sem precedentes das relações russo-alemãs e que a guerra de Moscovo na Ucrânia foi um resultado direto da política agressiva da NATO, acrescentou o comunicado. Putin e as autoridades russas têm repetidamente responsabilizado a NATO pelo ato de agressão da Rússia no início de 2022, uma alegação que nunca apresentou qualquer prova substancial.

De acordo com o Kremlin, a conversa foi iniciada pelo lado alemão.

O líder alemão já tinha falado com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy ao telefone e, segundo Steffen Hebestreit, porta-voz do governo alemão, Scholz continuará a fazê-lo após a conversa com Putin.

Zelenskyy diz que conversa abriu "caixa de Pandora"

O presidente ucraniano criticou a conversa telefónica entre Scholz e Putin, salientando que "abre a caixa de Pandora".

"O chanceler Scholz disse-me que tinha a intenção de ligar para Putin. A chamada, na minha opinião, abre a caixa de Pandora. Agora pode haver outras conversas e chamadas telefónicas. São meras palavras", disse Zelenskyy, no seu discurso diário à população.

"E isto é exatamente o que Putin procura há muito tempo. É fundamental para ele mitigar o seu isolamento, assim como o isolamento da Rússia, e manter meras conversas que não levarão a lugar nenhum. Há décadas que faz isso", acrescentou o presidente da Ucrânia.

Já o primeiro-ministro polaco congratulou-se com o facto de o chanceler alemão ter dito a Putin que nada poderia ser decidido sobre a Ucrânia sem a participação de Kiev.

"Recebi um telefonema do chanceler Scholz que me relatou a sua conversa com Vladimir Putin. Fiquei satisfeito por saber que o chanceler não só condenou a agressão russa, como também reiterou a posição polaca: nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", escreveu Donald Tusk no X.

Ainda esta sexta-feira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse que Moscovo não sabe como o presidente eleito dos EUA pretende resolver a crise na Ucrânia, acrescentando que o Kremlin espera "propostas" do futuro inquilino da Casa Branca.

"Quando nos perguntam sobre este assunto, salientamos regularmente que, em qualquer caso, um político que diz que não é a favor da guerra, mas sim da paz, merece atenção", disse Lavrov, citado pela agência russa TASS. "Mas não sabemos exatamente o que vai ser proposto", admitiu.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Primeiro-ministro britânico Keir Starmer diz que não tenciona falar com Putin

Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina no domingo

Parada militar em Belgrado pode revelar política externa da Sérvia