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Eslováquia e Hungria condenam autorização para uso de mísseis norte-americanos de longo alcance pela Ucrânia na Rússia

A Ucrânia está a ter algum sucesso em travar a nova investida da Rússia após a decisão que permite ao país utilizar armas fornecidas pelos EUA para ataques limitados em território russo.
A Ucrânia está a ter algum sucesso em travar a nova investida da Rússia após a decisão que permite ao país utilizar armas fornecidas pelos EUA para ataques limitados em território russo. Direitos de autor  John Hamilton/AP
Direitos de autor John Hamilton/AP
De Euronews com AP
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O presidente eleito dos EUA, Trump, que assumirá o cargo dentro de dois meses, tem levantado incertezas sobre se a sua administração continuará a prestar apoio militar vital à Ucrânia. Também prometeu acabar rapidamente com a guerra, mas não deu quaisquer pormenores sobre a forma de o fazer.

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Na segunda-feira, políticos eslovacos e húngaros condenaram veementemente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de permitir que a Ucrânia ataque alvos dentro da Rússia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, disse que a decisão foi tomada "com o objetivo claro de frustrar ou atrasar completamente as conversações de paz".

"Esta é uma escalada de tensões sem precedentes", afirmou. "É uma decisão que impede qualquer esperança de iniciar negociações de paz e de acabar com a matança mútua de eslavos na Ucrânia".

Fico disse que deu instruções ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Juraj Blanar, e ao ministro da Defesa, Robert Kalinak, para rejeitarem a decisão dos EUA em qualquer fórum internacional.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, também se opôs à decisão, afirmando que esta poderá fazer escalar a guerra e ameaçar a eclosão de um conflito global.

"Esta é uma ideia muito perigosa, da qual resulta um risco extremamente grave de uma nova escalada da guerra", afirmou Szijjártó na segunda-feira. "Isto deixaria claramente mais próxima a ameaça real de uma Terceira Guerra Mundial".

Szijjártó, um fervoroso crítico da Ucrânia, disse que a decisão de Biden estava em contradição com a vontade dos eleitores que elegeram Donald Trump para a presidência no início deste mês.

Szijjártó também criticou os líderes da União Europeia que continuam a fazer esforços para apoiar Kiev.

"Temos a sensação de que as elites políticas pró-guerra de ambos os lados do Oceano estão a lançar um último ataque desesperado e feroz contra a nova realidade e a vontade do povo", disse Szijjártó.

Viktor Orbán, primeiro-ministro da hungria, tem sido o líder mais hostil da UE às ambições da Ucrânia de aderir ao bloco e, eventualmente, à aliança militar da NATO.

O Kremlin advertiu na segunda-feira que a decisão de Biden inflama ainda mais a guerra e aumenta as tensões internacionais.

A mudança de política de Biden acrescentou um novo fator de incerteza ao conflito, na véspera do marco de mil dias desde que a Rússia iniciou a sua invasão em grande escala da Ucrânia em 2022.

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