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Tribunal sérvio condena pais de adolescente que matou 10 pessoas em escola

Familiares e amigos das vítimas chegam ao tribunal antes do veredito no julgamento dos pais de um rapaz que matou 9 estudantes e um segurança, 30 de dezembro de 2024.
Familiares e amigos das vítimas chegam ao tribunal antes do veredito no julgamento dos pais de um rapaz que matou 9 estudantes e um segurança, 30 de dezembro de 2024. Direitos de autor  AP Photo/Darko Vojinovic
Direitos de autor AP Photo/Darko Vojinovic
De Oman Al Yahyai
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O pai do rapaz foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão por negligência infantil e por pôr em perigo a segurança pública, enquanto a mãe foi condenada a três anos por negligência.

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Um tribunal da Sérvia condenou, esta segunda-feira, os pais de um rapaz de 13 anos que, no ano passado, matou a tiro nove alunos e um segurança numa escola primária no centro de Belgrado.

O Tribunal Superior de Belgrado condenou o pai do rapaz, Vladimir Kecmanovic, a 14 anos e seis meses de prisão por "atos graves contra a segurança pública" e negligência infantil.

A mãe, Miljana Kecmanovic, foi condenada a três anos de prisão por negligência infantil, mas foi absolvida das acusações relacionadas com a posse ilegal de armas.

O atirador, Kosta Kecmanovic, era demasiado jovem para ser julgado ao abrigo da lei sérvia.

As autoridades detiveram os pais do atirador pouco depois do massacre, acusando-os de não terem guardado as armas de fogo que possuíam e que o rapaz utilizou para efetuar o ataque.

O tiroteio ocorreu a 3 de maio de 2023, na escola primária Vladislav Ribnikar, no centro de Belgrado, tendo chocado o país, que nunca tinha sido palco de um tiroteio escolar em massa.

O rapaz terá entrado na escola com as armas do pai, tendo imediatamente disparado no corredor e, depois, ido para uma sala de aula, onde continuou a abrir fogo.

A advogada do casal, Irina Borovic, disse que o veredito não foi surpreendente "porque a pressão pública e as expetativas eram enormes". No entanto, declarou que vai recorrer da sentença.

Apesar do resultado judicial, algumas das famílias das vítimas continuam insatisfeitas. Ninela Radicevic, que perdeu a filha no atentado, afirmou: "Não estamos satisfeitos porque ninguém foi responsabilizado pelo assassínio de nove crianças."

A polícia revelou que o próprio adolescente lhes telefonou após o incidente, explicando calmamente as suas ações. Desde o tiroteio que está internado numa instituição especializada e testemunhou durante o julgamento dos pais, que decorreu sem assistência do público, exceto para a leitura do veredito.

Um instrutor que trabalhava numa carreira de tiro onde o rapaz costumava praticar os seus disparos foi também condenado por falso testemunho e sentenciado a 15 meses de prisão.

A tragédia foi seguida por outro tiroteio em massa no dia seguinte, perto de Belgrado, em que Uroš Blažić, de 21 anos, usou uma espingarda automática para matar nove pessoas e ferir outras 12. No início deste mês, foi condenado a 20 anos de prisão.

Estes tiroteios consecutivos deram origem a protestos generalizados e a uma repressão nacional da prática de posse ilegal de armas na Sérvia.

Outras fontes • AP

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