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Polónia diz que Netanyahu não será detido se participar no evento em memória de Auschwitz

ARQUIVO: O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu assiste ao seu julgamento por acusações de corrupção no tribunal distrital de Telavive, a 16 de dezembro de 2024
ARQUIVO: O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu assiste ao seu julgamento por acusações de corrupção no tribunal distrital de Telavive, a 16 de dezembro de 2024 Direitos de autor  Stoyan Nenov/Pool Photo via AP
Direitos de autor Stoyan Nenov/Pool Photo via AP
De Kieran Guilbert
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O primeiro-ministro polaco Donald Tusk afirma que Benjamin Netanyahu não será detido apesar do mandado de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI).

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O governo polaco garantiu que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não será detido se participar no 80º aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, apesar do mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, do partido da oposição Lei e Justiça (PiS), escreveu esta semana ao governo a pedir que Netanyahu não seja detido se decidir participar na comemoração de Auschwitz, em 27 de janeiro, segundo um assessor presidencial.

O gabinete do primeiro-ministro Donald Tusk publicou uma resolução na quinta-feira, dizendo que iria garantir a "participação segura dos líderes de Israel nas comemorações".

"Confirmo que, quer se trate do Primeiro-Ministro, do Presidente ou do Ministro da Educação de Israel, quem quer que se desloque a Oswiecim para as comemorações em Auschwitz terá a sua segurança garantida e não será detido", afirmou Tusk.

Tusk esclareceu que a resolução era "precisa" e que apenas se aplicava às comemorações de Auschwitz.

"É também muito importante para nós que a Polónia não esteja entre os países que, aberta e comprovadamente, querem ignorar as decisões dos tribunais internacionais", acrescentou.

Em novembro, o TPI emitiu mandados de captura para Netanyahu e para o seu ex-ministro da Defesa, bem como para o líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri, por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante os 15 meses de guerra em Gaza.

Os países membros do TPI, como a Polónia, são obrigados a deter os suspeitos com mandado de captura se estes entrarem no seu território, mas o tribunal não tem forma de o fazer cumprir. Israel não é membro do TPI e contesta a sua jurisdição.

O tribunal tem mais de 120 países membros, embora alguns países, incluindo a França e a Hungria, já tenham dito que não o prenderiam. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, chegou a dizer que desafiaria o mandado convidando Netanyahu para ir a Budapeste.

Não se sabe se Netanyahu planeia assistir à comemoração no final deste mês, embora tenha estado presente em anteriores eventos de aniversário em Auschwitz.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco, em resposta a uma pergunta por e-mail, disse na quinta-feira que "não recebeu qualquer informação até agora indicando que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vai participar na celebração do 80º aniversário da libertação de Auschwitz".

A comemoração contará com a presença de líderes internacionais e de idosos sobreviventes. A comemoração terá lugar em Oswiecim, uma cidade que esteve sob ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial, onde as forças nazis alemãs operaram o mais notório dos seus campos de extermínio.

Mais de 1,1 milhões de pessoas foram assassinadas em Auschwitz. Os historiadores dizem que a maior parte delas, cerca de um milhão, eram judias, mas as vítimas também incluíam polacos, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e outros.

Pelo menos 3 milhões dos 3,2 milhões de judeus da Polónia foram assassinados pelos nazis, o que representa cerca de metade dos judeus mortos no Holocausto.

Outras fontes • AP

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