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Israel e Hamas chegam a acordo de cessar-fogo

Pessoas enlutadas rezam junto aos corpos dos palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza no Hospital Al-Aqsa em Deir al-Balah.
Pessoas enlutadas rezam junto aos corpos dos palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza no Hospital Al-Aqsa em Deir al-Balah. Direitos de autor  Abdel Kareem Hana/Copyright 2025, The AP. All rights reserved
Direitos de autor Abdel Kareem Hana/Copyright 2025, The AP. All rights reserved
De Euronews
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Trégua deverá ter início no próximo domingo, afirmou o primeiro-ministro do Catar, país onde decorreram as negociações. É necessária a ratificação por parte do governo israelita, sendo expectável que a maioria dos ministros aprove o acordo.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirma que foi alcançado um acordo de cessar-fogo após 15 meses de conflito entre Israel e o Hamas.

Biden avança que está previsto um c.essar-fogo total e completo, bem como a retirada das forças israelitas da faixa de Gaza e de todos os reféns detidos pelo Hamas.

“Em breve, os reféns regressarão a casa para junto das suas famílias”, asseverou Biden, acrescentando que, em contrapartida, "Israel libertará os prisioneiros palestinianos”.

Três fases

Durante a primeira fase do acordo, explica o líder da Casa Branca, os palestinianos podem regressar aos seus bairros e a assistência humanitária na Faixa de Gaza irá ser reforçada.

Nesta fase inicial, haverá uma trégua de 42 dias e a libertação de um primeiro grupo de 33 reféns, adiantaram as autoridades norte-americanas ainda antes do anúncio do acordo.

De acordo com o Washington Post, um funcionário israelita, que falou sob condição de anonimato, disse na terça-feira que os reféns libertados na primeira fase seriam crianças, mulheres, feridos e pessoas com 50 anos ou mais.

Segundo Biden, Israel e o Hamas irão iniciar novas negociações na segunda fase, tendo em vista o fim permanente da guerra.

Se as negociações demorarem mais de seis semanas, o cessar-fogo vai manter-se, sublinha o presidente dos Estados Unidos.

Numa terceira fase, os restos mortais dos reféns mortos às mãos do Hamas serão devolvidos às famílias e terá início o plano de reconstrução da Faixa de Gaza, território que foi devastado pela campanha militar israelita, da qual resultaram 46 mil mortos.

Joe Biden deixa claro que o acordo “não foi fácil”, considerando-o mesmo uma das negociações mais difíceis que já viveu. Questionado sobre a influência do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, neste desfecho, Biden puxou os méritos para si:

“Apresentei os contornos exatos deste plano em 31 de maio de 2024, o quel foi depois aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU."

"A minha diplomacia nunca parou nos seus esforços para conseguir isto”, destacou Biden.

Abordando a situação do Médio Oriente numa perspetiva mais global, o presidente dos Estados Unidos disse que o Irão está mais fraco do que alguma vez esteve em décadas e que o Hezbollah está “gravemente debilitado”.

Catar: cessar-fogo entra em vigor a 19 de janeiro

O Catar, país onde decorreram intensas negociações nas últimas semanas, anunciou que o acordo de cessar-fogo em Gaza entrará em vigor a 19 de janeiro.

"O Catar, o Egito e os Estados Unidos têm o prazer de declarar o sucesso dos esforços conjuntos de mediação, depois de as partes em conflito em Gaza terem chegado a um acordo para a troca de prisioneiros e reféns”, afirmou Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, primeiro-minsitro do Catar, numa conferência de imprensa em Doha, sem especificar as horas exatas a que a trégua será levada a efeito.

“Esperemos que esta seja a última página” da guerra, acrescentou o líder do executivo catari.

Segundo o Times of Israel, o gabinete de segurança de Israel vai reunir-se na quinta-feira pelas 11h locais (9h em Lisboa) para aprovar o acordo mediado por altos responsáveis cataris e egípcios com apoio dos Estados Unidos.

UE espera "paz e recuperação duradouras"

Bruxelas já aplaudiu o cessar-fogo anunciado esta quarta-feira entre Israel e o Hamas.

"Congratulo-me com o acordo de cessar-fogo e com o acordo sobre os reféns entre Israel e o Hamas, que trará o alívio tão necessário às pessoas afetadas pelo conflito devastador", escreveu na rede social X Dubravka Suica, Comissária europeia para o Mediterrâneo.

"A UE continua empenhada em apoiar todos os esforços no sentido de uma paz e de uma recuperação duradouras", frisou.

Trump aplaude acordo

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que segue com proximidade o processo das negociações, também confirmou na rede social Truth Social que um acordo de libertação de reféns e cessar-fogo foi alcançado.

"Temos um acordo para os reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve. Obrigado!", escreveu Trump.

Steve Witkoff, o enviado especial de Donald Trump para o Médio Oriente, terá tido um papel importante, tendo estado reunido com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu durante o fim de semana para dar conta do interesse de Trump em conseguir um acordo antes da tomada de posse da nova administração norte-americana, marcada para 20 de janeiro.

Guterres pede que acordo seja "inteiramente implementado"

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, é outra das vozes que se congratulam com o acordo de cessar-fogo anunciado esta quarta-feira.

Guterres elogia os medidadores - Egito, Catar e Estados Unidos - mas enfatiza a necessidade de respeitar na íntegra os termos do cessar-fogo.

"Apelo a todos para que respeitem os seus compromissos e assegurem a plena aplicação deste acordo", escreveu o líder da ONU na rede social X.

Guterres pede ainda que se estabeleça uma "via política credível para um futuro melhor para palestinianos, israelitas e toda a região", reiterando o apelo a uma solução de dois Estados.

"O fim da ocupação e a obtenção de uma solução negociada para a coexistência de dois Estados, com Israel e a Palestina a viverem lado a lado em paz e segurança, em conformidade com o direito internacional, as resoluções pertinentes da ONU e os acordos anteriores, continuam a ser uma prioridade urgente. Só através de uma solução viável que preveja a coexistência de dois Estados será possível satisfazer as aspirações de ambos os povos", finalizou.

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