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Delegação dos EUA cancela conferência de imprensa com enviado de Trump e Zelenskyy

O enviado dos EUA à Ucrânia, Keith Kellogg, encontra-se com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, em Kiev, 19 de fevereiro de 2025
O enviado dos EUA à Ucrânia, Keith Kellogg, encontra-se com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, em Kiev, 19 de fevereiro de 2025 Direitos de autor  Press Service Of The President Of Ukraine via AP
Direitos de autor Press Service Of The President Of Ukraine via AP
De Aleksandar Brezar & Sasha Vakulina
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A conferência de imprensa com Keith Kellogg e o presidente ucraniano foi cancelada em Kiev, esta quinta-feira, apenas um dia depois de Trump ter apelidado Zelenskyy de “ditador” e criticado a sua liderança.

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Uma conferência de imprensa que seria protagonizada pelo enviado do presidente Donald Trump para a Ucrânia e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, foi cancelada esta quinta-feira, a pedido da delegação dos EUA, de acordo com funcionários de Kiev.

Zelenskyy e o antigo general americano Keith Kellogg, enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, deveriam falar à imprensa após a reunião entre ambos na capital ucraniana.

No entanto, o evento foi cancelado, segundo informou o porta-voz do presidente ucraniano, Serhii Nikiforov.

A viagem de Kellogg a Kiev coincidiu com uma recente troca de acusações entre Trump e Zelenskyy, que levou Trump a chamar Zelenskyy de "ditador", lançando mais dúvidas sobre o futuro do apoio de Washington à Ucrânia, numa altura em que a invasão russa continua em curso.

"Adoro a Ucrânia, mas Zelenskyy fez um trabalho terrível, o seu país está destroçado e milhões de pessoas morreram desnecessariamente", referiu Trump, numa publicação na Truth Social, na quarta-feira.

"É melhor que Zelensky aja depressa ou não lhe restará um país", acrescentou.

As palavras duras de Trump vieram em resposta a uma declaração anterior de Zelenskyy, que disse que o presidente dos EUA estava a viver no "espaço de desinformação" da Rússia, após alegações de Trump que davam conta de que o papel de Zelenskyy como chefe de Estado seria ilegítimo devido à ausência de eleições na Ucrânia.

Kiev deveria realizar eleições presidenciais em março ou abril de 2024, o que concluiria o primeiro mandato de cinco anos de Zelenskyy. A votação foi adiada porque a Constituição do país não permite a realização de eleições durante a lei marcial, que foi declarada em 24 de fevereiro de 2022, dia em que a Rússia lançou a invasão total da Ucrânia.

O Kremlin procurou repetidamente usar este atraso para retratar Zelenskyy como "ilegítimo", uma alegação rejeitada por Kiev como sendo uma distorção da constituição.

No sábado, durante a Conferência de Segurança de Munique, o presidente ucraniano disse estar aberto a discutir a realização de eleições na Ucrânia, mas que isso não é algo que os seus compatriotas queiram, devido à preocupação de que o levantamento da lei marcial possa enfraquecer a defesa do país.

"Estou a concentrar-me na sobrevivência do nosso país. É o que tenho feito ao longo do meu mandato", afirmou.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, defenderam Zelenskyy, afirmando que foi democraticamente eleito.

Starmer e o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que também manifestou o seu apoio à liderança de Kiev, deverão deslocar-se à Casa Branca no início da próxima semana para discutir a guerra da Rússia na Ucrânia.

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