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O que sabemos sobre a cimeira da "coligação de interessados" para apoiar a Ucrânia em Paris

ARQUIVO - O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, ao centro, foi o anfitrião da cimeira de líderes europeus para discutir a Ucrânia, na Lancaster House, em Londres
ARQUIVO - O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, ao centro, foi o anfitrião da cimeira de líderes europeus para discutir a Ucrânia, na Lancaster House, em Londres Direitos de autor  Justin Tallis/AP
Direitos de autor Justin Tallis/AP
De Sophia Khatsenkova
Publicado a Últimas notícias
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A reunião tem lugar numa altura que os Estados Unidos anunciaram que tinham mediado uma trégua entre a Rússia e a Ucrânia no Mar Negro.

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Os líderes mundiais vão reunir-se em Paris, na quinta-feira, para uma cimeira de alto nível sobre a segurança da Ucrânia e para lançar as bases para garantias de segurança a longo prazo.

De acordo com o Palácio do Eliseu, 31 países, incluindo membros da NATO e da UE, como o Reino Unido, o Canadá e a Noruega, deverão participar na cimeira. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, já confirmou que estará presente.

Esta quarta-feira à noite, Macron irá receber o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy em Paris para um jantar de trabalho antes da cimeira.

"A França fará da prossecução e do reforço do apoio militar e financeiro à Ucrânia a sua principal prioridade", afirmou o Palácio do Eliseu num comunicado enviado à imprensa.

O que é a "coligação de interessados"?

O principal objetivo da cimeira é finalizar as garantias de segurança que as nações europeias estão dispostas a oferecer - incluindo a possibilidade de enviar tropas de manutenção da paz para o terreno na Ucrânia, ainda envolvida na invasão em grande escala da Rússia.

A França, o Reino Unido e a Ucrânia estão também a trabalhar na apresentação de um tratado de paz aos EUA, que será provavelmente discutido na quinta-feira.

Os países que concordarem com este acordo formarão uma "coligação de interessados".

A cimeira de quinta-feira ocorre num momento crucial, depois de os Estados Unidos terem anunciado a mediação de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia no Mar Negro.

As autoridades francesas, no entanto, mantêm-se cautelosas. "Ainda há um longo caminho a percorrer", avisou o Palácio do Eliseu, descrevendo o acordo como um "primeiro passo", mas insuficiente para um cessar-fogo duradouro.

Paris insiste que todos os esforços estão a ser conduzidos em plena coordenação com Washington. "Tudo isto está a ser feito em total transparência com os nossos parceiros americanos", afirmou o Eliseu, e Macron deverá informar o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre os resultados da cimeira.

As tensões entre os EUA e a UE têm vindo a aumentar. Na terça-feira, os principais responsáveis pela segurança nacional de Trump expuseram o seu desdém pela Europa numa conversa de grupo ultrassecreta que foi divulgada quando um jornalista foi adicionado por engano à conversa.

"Partilho totalmente a vossa aversão ao aproveitamento europeu. É patético", disse o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, deixando os funcionários da UE furiosos.

Quais são os principais pontos de discussão?

Um dos principais objetivos da cimeira é reforçar a ajuda à Ucrânia, devendo cada país participante indicar o que está disposto a fazer.

Outro objetivo será garantir um "cessar-fogo total", aceite pela Ucrânia, mas sobre o qual a Rússia ainda não se pronunciou.

Mas a França continua cética em relação às promessas russas. "Sabemos do tipo de engano e de manipulação de que a Rússia já se mostrou capaz", observou uma fonte do Eliseu.

Em terceiro lugar, apoiar a longo prazo o exército ucraniano como "primeira linha de defesa da Europa... para evitar novas agressões russas", disse a comitiva de Macron.

A questão mais sensível, no entanto, será a possível criação de uma "força de tranquilização".

Esta poderia implicar o envio de tropas de manutenção da paz, uma opção fortemente apoiada pela França e pelo Reino Unido.

A questão do envio de tropas de manutenção da paz é um tema espinhoso entre os 27 países do bloco, com países como a Itália e a Polónia a oporem-se a este resultado.

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