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AD vence, mas sem condições para maioria. PS pode ficar com menos deputados do que Chega

Sede de campanha da AD
Sede de campanha da AD Direitos de autor  AP Photo/Ana Brigida
Direitos de autor AP Photo/Ana Brigida
De Rui Azevedo & Joana Mourão Carvalho
Publicado a Últimas notícias
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AD é a vencedora das legislativas antecipadas, ainda que nem um possível acordo com a Iniciativa Liberal garanta maioria. PS é o maior derrotado da noite, o que levou à demissão de Pedro Nuno Santos, e pode ficar com menos deputados do que o Chega caso partido de Ventura volte a vencer na emigração.

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A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições legislativas antecipadas deste domingo e reforçou a posição do primeiro-ministro Luís Montenegro, sendo que em sentido contrário a forte queda do Partido Socialista (PS) levou à demissão de Pedro Nuno Santos.

Ainda com os círculos da emigração por apurar, a coligação formada pelo PSD e CDS-PP obteve o maior número de votos (32,72%), uma subida superior a 4%, e de deputados (89), mais nove do que no ano passado. Ainda assim, a vitória da AD não foi suficientemente forte para permitir uma maioria na Assembleia da República e maior estabilidade governativa.

O Partido Socialista (PS) ficou no segundo lugar com 23,38%, quase menos 5% do que em 2024, o que se traduz em quase menos 420 mil votos e em apenas 58 assentos paralamentares, ou seja, perdeu 20. Trata-se do pior resultado eleitoral dos socialistas desde 1987, ano da primeira absoluta de Cavaco Silva quando o PS granjeou somente 22,2% das preferências dos portugueses.

Outro dos grandes vencedores da noite é o Chega (22,56%), o terceiro partido mais votado, com mais 175 mil votos do que em 2024 (a menos de 50 mil do PS), e que também subiu mais de 4%, igualando o número de deputados do Partido Socialista (58). No entanto, a formação política liderada por André Ventura pode passar a ter mais mandatos do que o PS caso volte a prevalecer nos dois círculos da emigração.

Em 2024, o Chega arrecadou um mandato no círculo da Europa e um outro no de fora da Europa, vencendo dois dos quatro assentos conferidos pelos votos dos emigrantes e transformando-se no primeiro partido, neste século, que não PS ou PSD (ou uma coligação liderada pelo PSD) a eleger deputados nos círculos da emigração.

Subidas na votação tiveram também a Iniciativa Liberal (5,53%), à direita, que conquistou mais um deputado e tem agora nove, embora não consiga maioria com a AD, e o Livre (4,20%), à esquerda, que passa de quatro para seis lugares no parlamento.

As restantes forças de esquerda saíram derrotadas deste ato eleitoral. Tanto a CDU (3,03%) como o Bloco de Esquerda (2%) desceram em número de votos e deputados: os comunistas tinham quatro parlamentares e ficam agora com três, ao passo que os bloquistas sofrem uma derrota ainda maior, diminuindo de cinco para apenas um.

Já o PAN (1,36%), apesar de perder mais de 45 mil votos, manteve Inês de Sousa Real como deputada. Um assento no hemiciclo tem agora igualmente o Juntos Pelo Povo (0,34%), que se tornou o primeiro partido regional a chegar ao parlamento nacional. O JPP, sediado na Madeira e que teve um aumento de quase mil votos, elegeu Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz.

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