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Franceses insatisfeitos com novo orçamento que prevê cortes nas pensões e saúde

O primeiro-ministro francês François Bayrou apresenta o projeto de orçamento para o próximo ano na terça-feira, 15 de julho de 2025, em Paris.
O primeiro-ministro francês François Bayrou apresenta o projeto de orçamento para o próximo ano na terça-feira, 15 de julho de 2025, em Paris. Direitos de autor  AP Photo/Aurelien Morissard
Direitos de autor AP Photo/Aurelien Morissard
De Euronews
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François Bayrou apresentou uma série de medidas destinadas a reduzir o défice público mas o anúncio não foi bem recebido pelos franceses.

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O objetivo do governo de Bayrou é claro: 43,8 mil milhões de euros de poupanças que permitirão uma redução do défice de França a partir de 2026.

"Este é o nosso momento da verdade", afirmou, antes de detalhar todos os setores afetados e as medidas drásticas a tomar para tentar reduzir o défice público.

Uma das principais medidas é o congelamento das tabelas de impostos, das prestações sociais e das pensões de reforma em 2026, que não serão indexadas à inflação, estimada em 1%.

Um golpe para as pessoas com pensões baixas, que perderão cerca de 10 euros. "Quando se vê a inflação de tudo o resto, 10 euros a menos ainda é alguma coisa", diz um antigo agricultor.

"10 euros é uma pequena diferença. Não é muito mas, em comparação, representa dez baguetes. E nós precisamos de dez baguetes", lamenta outro pensionista.

François Bayrou também manifestou o desejo de rever o subsídio de 10% para os reformados e substituí-lo por um montante fixo anual de dois mil euros, o que representa uma redução de cerca de 700 euros por ano.

"Em princípio, não estou de acordo", diz um reformado, que faz uma distinção entre os que ganham cinco mil euros por mês e os que recebem uma pensão de 1.100 euros. "Se se tem uma pensão decente, tudo bem. Mas há que pensar nas pessoas que têm menos", continua.

"É um esforço medido, mas partilhado e necessário", declarou François Bayrou.

Medidas no setor da saúde que não caem bem

O primeiro-ministro também quer cortar no setor da saúde, reduzindo as despesas em cinco mil milhões de euros.

Bayrou anunciou que a franquia anual de reembolso dos medicamentos passará de 50 para 100 euros. Quer também rever o sistema de baixas por doenças prolongadas.

"Pode ajudar a regular os abusos. Parece-me que os franceses consomem muito mais medicamentos do que precisam", admite um cidadão francês questionado pela Euronews.

Os anúncios de François Bayrou sobre os cortes no orçamento para o próximo ano deixaram a oposição nervosa e a ameaçar com novas moções de censura.

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