Repetidos ataques de drones e mísseis russos atingiram a capital da Ucrânia, Kiev, durante a madrugada desta segunda-feira, matando uma pessoa e ferindo pelo menos seis.
Novos ataques noturnos levados a cabo pela Rússia atingiram a capital da Ucrânia, Kiev, matando uma pessoa e ferindo pelo menos seis, segundo as autoridades.
O ataque em larga escala com drones e mísseis provocou vários incêndios por toda a cidade, incluindo em edifícios residenciais, numa creche, em quiosques ao ar livre e numa estação de metro, segundo as autoridades locais.
O chefe da administração militar da cidade de Kiev, Tymur Tkachenko, declarou que a entrada da estação de metro de Lukianivska ficou danificada, mas que não há registo de vítimas.
Já o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que a creche se incendiou na sequência do ataque.
Outras cidades ucranianas também foram alvo de ataques russos. Em Ivano-Frankivsk, três aldeias sofreram danos em infraestruturas, segundo o autarca Ruslan Martsinkiv.
Os ataques surgem na sequência da proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para uma nova ronda de conversações de paz com a Rússia, a realizar esta semana.
Numa mensagem de vídeo publicada no X, no sábado, Zelenskyy insistiu que "o ritmo das negociações deve ser acelerado". "É necessária uma reunião a nível de dirigentes", afirmou, sublinhando a disponibilidade da Ucrânia nesse sentido.
Segundo Zelenskyy, foi o recém-nomeado secretário de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, que enviou o convite a Moscovo. Foi também ele que dirigiu as conversações da delegação realizadas em Istambul no mês passado.
Moscovo tem vindo a intensificar os seus ataques de longo alcance contra as cidades ucranianas e, segundo os analistas, é provável que os bombardeamentos continuem a ser mais recorrentes.
Entretanto, deflagrou um incêndio numa estação de comboios na aldeia russa de Kamenolomni, em Rostov.
O governador local, Yuri Slyusar, referiu que "o telhado dos edifícios da estação de comboios se incendiou devido à queda de detritos de drones", acrescentando que "três pessoas foram retiradas" da zona em risco, mas não há vítimas a registar. Kamenolomni situa-se a cerca de 38 quilómetros da fronteira da Rússia com a Ucrânia.
Já o presidente da Câmara de Moscovo, Sergey Sobyanin, afirmou que a Ucrânia lançou drones contra a capital russa pela quinta noite consecutiva, tendo cinco drones ucranianos sido abatidos sobre Moscovo pelas defesas aéreas russas. Estas afirmações não puderam ser verificadas de forma independente.