Os ataques aéreos russos na Ucrânia durante a noite de sábado mataram uma pessoa em Odessa. Os ataques surgem numa altura em que a Rússia intensificou a sua ofensiva militar na Ucrânia, com os analistas a alertarem para a possibilidade de uma nova escalada.
A Rússia lançou mais de 300 drones e mais de 30 mísseis contra diferentes cidades da Ucrânia durante a noite e a manhã de sábado, matando pelo menos uma pessoa e ferindo várias outras, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
"As operações de salvamento estão em curso na sequência do ataque: as regiões de Donetsk, Kirovohrad, Dnipro, Sumy, Kherson, Volyn, Zaporizhzhia, Mykolaiv, Odessa e Zhytomyr foram afetadas", escreveu no X.
A cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, foi atacada por 20 drones e um míssil, disse o presidente da câmara da cidade, Hennadii Trukhanov, no sábado, no Telegram.
O ataque provocou um incêndio num bloco de apartamentos. Cinco pessoas foram resgatadas dos seus apartamentos em chamas, incluindo uma mulher que morreu depois de ser resgatada. Pelo menos seis outras pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas.
Entretanto, em Sumy, as infraestruturas críticas foram danificadas e milhares de famílias ficaram sem eletricidade, de acordo com Zelenskyy.
A Rússia também lançou uma barragem de drones em Pavlohrad, danificando infraestruturas críticas e um edifício residencial. De acordo com o chefe da administração militar regional de Dnipro, este foi o maior ataque à cidade desde a invasão total da Rússia.
O presidente ucraniano agradeceu aos líderes internacionais "que compreendem como é crucial implementar rapidamente os nossos acordos" destinados a reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia, incluindo a produção conjunta de armas, o investimento no fabrico de drones e o fornecimento de sistemas de defesa aérea.
Nas últimas semanas, a Rússia tem vindo a intensificar os seus ataques de longo alcance contra a Ucrânia, disparando frequentemente mais drones numa única noite do que durante alguns meses de 2024. Os analistas alertaram para o facto de os ataques poderem vir a intensificar-se ainda mais.
Em 8 de julho, a Rússia disparou um número recorde de mais de 741 drones e mísseis.
Entretanto, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido 71 drones ucranianos durante a noite, dos quais 13 foram abatidos quando se aproximavam de Moscovo, de acordo com o presidente da Câmara da cidade, Sergei Sobyanin.