A sonda espacial Juno começou a girar à volta de Júpiter.
A sonda espacial Juno começou a girar à volta de Júpiter. A missão arrancou esta terça-feira e deverá durar 20 meses. O objetivo dos cientistas é aprofundar o conhecimento sobre a origem do maior planeta do sistema solar. A missão vai mapear os campos gravitacionais e magnéticos de Júpiter.
Júpiter é um planeta enorme, mil vezes maior do que a terra e gira em torno do seu eixo a cada nove horas. Há um gigantesco campo magnético. É como se operássemos uma nave no interior de um acelerador de partículas.
“Júpiter tem o campo magnético mais forte. É o planeta que gira mais depressa, com o maior campo gravitacional e a radiação mais intensa. A nossa sonda é a mais rápida e temos raios solares gigantes em rotação”, explicou Scott Bolton investigador da NASA.
Os cientistas acreditam que Júpiter foi o primeiro planeta a surgir no Sistema Solar mas não sabem exatamente como ocorreu o processo.
“Júpiter é um planeta enorme, mil vezes maior do que a terra e gira em torno do seu eixo a cada nove horas. Há um gigantesco campo magnético. É como se operássemos uma nave no interior de um acelerador de partículas”, afirmou Michelle Thaller, diretora comunicação da agência espacial norte-americana.
Uma das questões fundamentais é conhecer a quantidade de água que existe em Júpiter.
“Temos instrumentos que nos vão permitir observar milhares de quilómetros da atmosfera e estudar o campo magnético e a gravidade de Júpiter. Esperamos poder analisar o interior do planeta e ver se ele tem um núcleo sólido ou se é similar a uma estrela sem núcleo sólido.
Vamos fazer análises químicas para determinar a quantidade de água existente e outros elementos que nos podem indicar como é que Júpiter se formou e como era o nosso sistema solar há milhares de milhões de anos”, explicou Michelle Thaller.
Tal como o Sol, Júpiter é composto principalmente por hidrogénio e hélio.
“Júpiter é quase como um pequeno sol com um sistema solar próprio e tem luas enormes. Algumas luas têm oceanos de água em estado líquido debaixo das camadas de gelo”, acrescentou a responsável de comunicação da NASA.
Além do projeto da NASA, que deverá terminar em 2018, também a Agência Espacial Europeia planeia lançar, em 2022, uma missão a Júpiter para estudar as camadas de gelo no planeta.