A mestria da Alta Relojoaria no Salão Internacional de Genebra

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A hora da Alta Relojoaria chegou. No Salão Internacional de Genebra, as grandes marcas revelaram as novas propostas para 2018 e apostam na recuperação do setor.

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“Que cada homem seja mestre do seu tempo”, escreveu William Shakespeare em MacBeth.

O Salão Internacional de Alta Relojoaria de Genebra (SIARG), na Suíça, é um daqueles lugares onde o tempo, ou mais precisamente os instrumentos que medem o tempo, são mestres.

35 dos mais prestigiados relojoeiros mundiais – 18 marcas históricas: A. Lange & Söhne, Audemars Piguet, Baume & Mercier, Cartier, Girard-Perregaux, Greubel Forsey, Iwc, Jaeger-LeCoultre, Montblanc, Officine Panerai, Parmigiani Fleurier, Piaget, Richard Mille, Roger Dubuis, Ulysse Nardin, Vacheron Constantin, Van Cleef & Arpels – e produtores independentes participaram na 28ª edição do evento, um dos principais pontos de encontro, no mundo, de profissionais do segmento relojoeiro mundo.

Watchmaking: 28th SALON INTERNATIONAL DE LA HAUTE HORLOGERIE GENEVA, 5 TO 19 JANUARY, 2018 https://t.co/pruNoqZD4Npic.twitter.com/XfWrpFj27z

— Exclusive (@exclusivememe) January 15, 2018

Pelo segundo ano consecutivo, o último dia da mostra foi aberto, também, ao público

“Desde há dois anos que estávamos num período de consolidação, desaceleração. 2017 encerra com um aumento de 3-3,5% na relojoaria suíça. 2018 deve seguir a mesma tendência”, diz confiante a diretora do SIARG, Fabienne Lupo.

Em destaque, este ano, as celebrações dos 150 anos da IWC Schaffhausen.

Para marcar a data, a marca suíça/norte-americana, propôs uma cenografia onde se inclui uma espécie de máquina do tempo e um relojoeiro real.

O diretor executivo da IWC, Christoph Grainger-Herr, conta: “A nossa história começou com um relojoeiro e engenheiro norte-americano a viajar de Boston para a Suíça para combinar a manufatura suíça com a tecnologia industrial americana. aqui, a peça central é uma máquina do tempo que, de facto, liga as diferentes eras e histórias da IWC e coloca a família do relojoeiro centro disso.”

A lista de expositores foi enriquecida, este ano, por La Montre Hermès, que se juntou pela primeira vez ao Salão depois de abandonado a Baselworld, uma popular feira mundial de relojoaria, em Basileia.

“Para nós, juntarmo-nos ao círculo fechado Salão Internacional de Alta Relojoaria é um ponto culminante e um reconhecimento de tudo o que a Hermès tem feito há 15 anos. Construir conhecimento, criar uma gama, integrar-se verticalmente e ter construído, em 15 anos, um verdadeiro polo de artesãos na Suíça, que emprega 300 pessoas”, conta o diretor executivo da La Montre Hermès, Laurent Dordet.

Os últimos anos não foram muito bons para o setor da relojoaria de luxo.

Chiming Time: #Watch trends from the exclusive Salon International de la Haute Horlogerie, Geneva exhibition #Luxuryhttps://t.co/jEE68hzDTPpic.twitter.com/mm36uPWJnV

— Elite Traveler (@elite_traveler) March 22, 2017

A ideia de que a indústria de alta relojoaria estaria a ser prejudicada pelos relógios inteligentes foi afastada para dar espaço à convicção de que os rivais eletrónicos não são a maior ameaça.

“A funcionalidade do relógio não é mais o primeiro objetivo. Há, obviamente, muitas maneiras de dar as horas, de ver as horas, e não precisamos necessariamente de usar um relógio para isso. A relojoaria mais tradicional pode trazer o domínio do prazer, da emoção de algo que vai além da função”, diz o diretor executivo da Van Cleef & Arpels, Nicolas Bos.

“Podemos ter um relógio inteligente durante o dia, por razões funcionais, e quando queremos sentir-nos elegantes, ter um relacionamento íntimo com o objeto, sentir-nos bem, é diferente. Acredito no conforto e na elegância que um relógio tradicional nos oferece. Então, creio que há espaço para ambos e não estou particularmente preocupado”, afirma Laurent Dordet, da La Montre Hermès.

A diferença é, então, entre um objeto industrial e um objeto quase artesanal. Por detrás de cada relógio mecânico estão anos de estudos, criatividade e trabalho meticuloso. Tudo isso vem da tradição, do conhecimento e das habilidades humanas.

“Na relojoaria e na Alta Relojoaria, em particular, existem mais de quarenta profissões, muitas delas são artesanais. Muitas coisas são feitas à mão, com habilidades ancestrais… É claro que se foram modernizando graças à tecnologia, inovação e aos novos materiais. É uma indústria onde temos, realmente, essa dualidade: tradição e inovação”, afirma a diretora do SIARG.

Esses artefactos e relógios demonstram que, quando se trata de elegância e criatividade, a Alta Relojoaria é, ainda, a mestra do tempo.

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