A tecnologia Soft Hand Pro faz parte de um projeto europeu Softhand que ambiciona conceber uma prótese simples, leve e acessível financeiramente, para a maioria das pessoas.
A designer italiana Maria Fossati nasceu com uma malformação no braço esquerdo e é uma das pacientes que está a testar um novo modelo de prótese no Instituto Italiano de Tecnologia, em Génova, na Itália.
Prótese simples e acessível
A tecnologia Soft Hand Pro está a ser dsenvolvida no âmbito do projeto europeu Softhand que ambiciona conceber uma prótese simples, leve e acessível financeiramente, para a maioria das pessoas. "A mão é flexível e adaptável. É um alívio para a pessoa que a utiliza porque o utilizador pode interagir com a prótese e com os outras pessoas. Podemos apertar a mão ou fazer uma carícia, por exemplo", explicou Maria Fossati, designer do Instituto Italiano de Tecnologia.
A inteligência corporal do cérebro e dos músculos
A prótese foi desenvolvida em colaboração com os hospitais de Zurique, na Suíça e de Hanôver, na Alemanha. "A nossa forma de interagir com o ambiente não está apenas ligada às células nervosas do nosso cérebro, está também ligada ao nosso corpo. Há uma ligação entre a inteligência do nosso cérebro e dos nossos músculos através do nosso sistema nervoso e sensorial", explicou Antonio Bicchi, engenheiro robótico do Instituto Italiano de Tecnologia e coordenador do projeto europeu Softhand.
Os investigadores conceberam um sistema que integra articulações similares às da mão humana, capazes de se adaptar à forma e ao peso dos objetos.
Um único motor coordena movimentos das articulações
Os sensores captam os impulsos dos músculos à superfície da pele. "Esta arquitetura muito complexa é gerida através de um único motor elétrico que coordena os movimentos de todas as articulações, o que permitiu uma grande simplificação no que toca ao controlo da mão", disse à euronews Manuel Catalano, investigador do Instituto Italiano de Tecnologia.
A capacidade humana de pegar em objetos segue uma série de padrões complexos. "Conseguimos criar uma mão robótica capaz de imitar mais de 50% dos movimentos da mão humana", afirmou Giorgio Grioli, investigador do Instituto Italiano de Tecnologia.
Maria Fossati deu um contributo importante para a conceção da nova tecnologia de modo a minimizar um fenómeno bastante frequente: a rejeição psicológica da prótese. "A extrema naturalidade desta mão, a flexibilidade dos dedos convida-nos a brincar com eles, a utilizá-los pessoalmente ou na nossa relação com os outros", disse a designer italiana.