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Mundial impulsiona setor turístico no Qatar

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País espera milhões de visitantes nos próximos anos.

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O setor hoteleiro no Qatar tem registado um enorme crescimento nos últimos anos. Os 220 mil milhões de dólares gastos em infraestruturas desde a bem-sucedida candidatura ao Campeonato do Mundo, em 2010, ajudaram a criar um enorme impulso para o sector. 

Os hotéis também foram ajudados pela localização geográfica do país. De acordo com os últimos números do governo, 80% da população mundial está a menos de seis horas de voo do Qatar. É um bom augúrio para o futuro, uma vez que o Qatar espera receber seis milhões de visitantes por ano até 2030.

Mais de 150 novos hotéis foram construídos para o Campeonato Mundial de Futebol e estão à espera de receber turistas durante anos. Um desses novos hotéis é Pullman Doha West Bay. Propriedade do grupo multinacional francês Accor, abriu em Agosto, com 460 quartos e suites prontos a receber hóspedes.

A indústria hoteleira tem assistido a uma forte retoma da procura, de volta aos níveis pré-pandémicos, e a Accor está ansiosa por capitalizar isso.

O CEO do grupo, Sebastien Bazin, explica como é que a empresa planeia fazer isso: "A Accor está a abrir um hotel por dia neste planeta, e vai continuar a fazê-lo. A expandir e controlar a densidade e a quota de mercado. A Accor é a maior empresa hoteleira fora da América e da China, e quero que continue a ser a número um fora da China e da América. Tem a ver com ser-se disciplinado, cuidar das pessoas que trabalham para a Accor, ter as marcas certas, e prepararmo-nos para talvez alguns momentos difíceis".

Outro hotel no Qatar que recebe hóspedes muito importantes este mês é o Ritz Carlton Doha. O hotel de luxo e os seus 374 quartos e suites têm vindo a acolher pessoas no país há 20 anos.

Quanto à primeira impressão, o Ritz Carlton Doha sabe fazer com que seja forte e duradoura. Uma equipa de hoteleiros e pessoal de serviço dedicado gere o hotel como uma máquina bem oleada, mas não há nada de robótico aqui.

São liderados pelo diretor-geral Carlo Javakhia, cuja receita é simples e vai além do cuidado extra: Tem tudo a ver com o toque humano. Com as personalidades, criar uma vibração, ser acolhedor… deve ser algo natural. Com a nossa marca, não se trata apenas de transações. Procuramos criar relações reais, onde o hóspede possa sentir que tem alguém, desde o momento em que faz o check-in até ao check-out. Há sempre alguém com quem pode falar sobre as preocupações, pedir ajuda, e sente-se confortável", diz.

A pandemia de Covid-19 cortou mais de 130 mil milhões de dólares de receitas ao setor hoteleiro global. Mas desde então, a procura no Ritz tem sido mais robusta do que nunca, e para além do Mundial da FIFA, Carlo e a sua equipa estão a prever dias ainda mais movimentados.

"Estamos muito otimistas em relação a todos os próximos eventos que iremos acolher como país. Sem dúvida, o nosso hotel é um dos principais e preferidos", diz Javakhia.

Após um período complicado em todo o setor - seja uma piscina de temática tropical, um spa relaxante ou apenas uma receção calorosa - os chefes de hotel de todo o mundo sabem que o negócio e a arte de fazer as pessoas felizes nunca foi tão importante.

Quando o Qatar ganhou a organização do Mundial em 2010, a maior parte da cidade de Lusail ainda não tinha sido construída. Agora, é lar de hotéis de luxo, um centro comercial de um milhão de metros quadrados, um circuito de Fórmula 1 e o estádio que irá acolher a final do Campeonato do Mundo.

Falei com o Jeremias Kettner, consultor sénior da InStrat, uma plataforma de investigação e consultoria independente sediada no Qatar, fala sobre o futuro:

"Não devemos esquecer que o Campeonato do Mundo é apenas um ponto na longa história do Qatar como um centro para o desporto, megaeventos e todo o tipo de atividades culturais. Tudo isso torna-o hoje um destino turístico atrativo. O desenvolvimento do Qatar segue a estratégia de se posicionar como um polo cultural e destino turístico. De acordo com a Economic Intelligence Unit, a economia do Qatar crescerá 5,5% em 2022. Isso é notável, com números decrescentes em outras partes do mundo. Um jornal alemão escreveu recentemente, por ocasião da visita do chanceler Scholz a Doha, que quem ignorar o Qatar, perderá. E penso que essa é uma análise certa", refere.

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