Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Neonazi português condenado a prisão efetiva por incitar ao ódio contra mulheres

Mário Machado durante uma manifestação da extrema-direita em Lisboa, sábado, 18 de junho de 2005
Mário Machado durante uma manifestação da extrema-direita em Lisboa, sábado, 18 de junho de 2005 Direitos de autor  PAULO AMORIM/AP
Direitos de autor PAULO AMORIM/AP
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Mário Machado foi condenado por incitamento ao ódio e à violência, após fazer um apelo à "prostituição forçada" das mulheres dos partidos de esquerda nas redes sociais.

PUBLICIDADE

O Tribunal Local Criminal de Lisboa condenou, esta terça-feira, o militante neonazi Mário Machado a dois anos e dez meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência.

Em causa neste julgamento estavam publicações de Mário Machado na antiga rede social Twitter (atual X) que apelavam à "prostituição forçada" de mulheres dos partidos de esquerda.

O outro arguido neste processo, Ricardo Pais, foi condenado a um ano e oito meses de prisão com pena suspensa durante dois anos.

O caso remonta a 17 de fevereiro de 2022, quando Mário Machado escreveu: "Prostituição forçada das gajas do Bloco". Ricardo Pais respondeu: "Concordo. Incluam as do PCP, MRPP, MAS e PS", mencionando a maioria dos partidos de esquerda nacionais.

"Tudo, tipo arrastão", rematou Mário Machado. Ricardo Pais devolveu com nova resposta, visando em concreto a dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS), que interpôs o processo: "A Renata Cambra terá tratamento VIP". "Servirão para motivar as tropas na reconquista", acrescentou.

A sentença foi lida esta terça-feira no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, depois de, em abril, nas alegações finais, o Ministério Público (MP) ter pedido uma pena de prisão efetiva para Mário Machado.

A juíza Paula Martins, que leu a sentença, frisou a "longa e persistente carreira criminal" de Mário Machado, ressalvando que a condenação no processo por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e violência não decorre dos seus antecedentes criminais, tendo pesado na decisão do tribunal a ausência de qualquer manifestação de arrependimento pelos atos praticados ou de empatia pela vítima.

À saída do tribunal, o advogado de defesa José Manuel Castro adiantou que vai recorrer da decisão relativamente à sentença de Mário Machado.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Líder de culto neonazi extraditado por conspiração para envenenar crianças judias

Youtube suspende conta do grupo 1143 por incentivo ao ódio

Trump condenado a pagar 83,3 milhões de dólares em caso de difamação por agressão sexual