Líderes financeiros europeus negam contágio da crise norte-americana

Silicon Valley Bank
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De  Ricardo Figueira

Falência do Silicon Valley Bank faz temer crise semelhante à de 2008.

Os líderes financeiros europeus dizem aos investidores que há pouco risco de contágio aos bancos da Europa, depois do colapso do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos, encerrado na semana passada, quando os depositantes se apressaram a levantar o dinheiro. Os índices bolsistas fecharam em forte queda, segunda-feira e voltaram a abrir em queda esta terça.

Com as memórias da crise bancária de 2008 ainda frescas, o comissário europeu para a Economia diz que as instituições europeias estão numa posição mais forte: "Todos os bancos europeus, não só os maiores, estão a aplicar o padrão Prudential Basel, pelo que não há contágio direto. A possibilidade de impacto indireto é algo que temos de monitorizar, mas de momento não há um risco significativo", disse Paolo Gentiloni.

Todos os bancos europeus estão a aplicar o padrão Prudential Basel, pelo que não há contágio direto.
Paolo Gentiloni
Comissário Europeu para a Economia

A Casa Branca interveio para atenuar os receios de contágio. Joe Biden prometeu que os regulamentos seriam reforçados e os contribuintes protegidos: "Vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que reforcem as regras para os bancos para tornar menos provável que este tipo de falência bancária volte a acontecer e para proteger os empregos e as pequenas empresas americanas", disse.

O novo presidente do Silicon Valley Bank, apontado pelas autoridades federais, diz que tudo está a funcionar com normalidade, mas os mercados permanecem nervosos de ambos os lados do Atlântico, particularmente após o fracasso de outro banco norte-americano, o Signature Bank, durante o fim de semana.

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