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Irão pede aos cidadãos que apaguem o WhatsApp dos seus smartphones

Esta fotografia de arquivo, de 19 de fevereiro de 2014, mostra os ícones das aplicações WhatsApp e Facebook num smartphone em Nova Iorque. A Meta é proprietária de ambas as plataformas
Esta fotografia de arquivo, de 19 de fevereiro de 2014, mostra os ícones das aplicações WhatsApp e Facebook num smartphone em Nova Iorque. A Meta é proprietária de ambas as plataformas Direitos de autor  AP Photo/Patrick Sison, File
Direitos de autor AP Photo/Patrick Sison, File
De Euronews with AP
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O WhatsApp deve ser eliminado dos dispositivos iranianos, afirmou um funcionário público na televisão, numa altura em que o conflito com Israel entra no seu sexto dia.

A televisão estatal iraniana pediu às pessoas que removessem o WhatsApp dos seus smartphones, alegando, sem provas específicas, que a aplicação de mensagens recolhia informações dos utilizadores para enviar para Israel.

Numa declaração à Associated Press,** o WhatsApp disse estar "preocupado que estas notícias falsas sejam uma desculpa para que os nossos serviços sejam bloqueados numa altura em que as pessoas mais precisam deles".

O WhatsApp utiliza encriptação de ponta a ponta, o que significa que as mensagens são codificadas de forma a que apenas o remetente e o destinatário as possam ver. Se outra pessoa tentar aceder a estas mensagens, tudo o que verá é uma mensagem distorcida que não pode ser descodificada sem uma chave.

"Não rastreamos a sua localização exata, não mantemos registos de quem está a enviar mensagens e não rastreamos as mensagens pessoais que as pessoas enviam umas às outras", acrescenta o comunicado. "Não fornecemos informações a nenhum governo".

O WhatsApp é propriedade da Meta, a empresa-mãe norte-americana do Facebook e do Instagram. É uma das aplicações de mensagens mais populares, a par do Instagram e do Telegram.

Esta não é a primeira vez que o Irão pede às pessoas que limitem o uso do WhatsApp. Em 2022, o país proibiu o WhatsApp durante os protestos em massa contra o governo por causa da morte de uma mulher detida pela polícia de moralidade do país.

É possível compreender metadados não encriptados do WhatsApp

O especialista em segurança cibernética Gregory Falco disse que foi demonstrado que é possível entender os metadados do WhatsApp que não são criptografados.

"Assim, é possível entender coisas sobre como as pessoas estão a usar a aplicação e esse tem sido um problema consistente, daí que as pessoas não estejam interessadas em se envolver com o WhatsApp por esse [motivo]", disse ele.

Outra questão é a soberania dos dados, acrescentou Falco, em que os centros de dados que alojam os dados do WhatsApp de um determinado país não estão necessariamente localizados nesse país. É mais do que possível, por exemplo, que os dados do WhatsApp do Irão não estejam alojados no Irão.

"Os países precisam de alojar os seus dados no país e processar os dados no país com os seus próprios algoritmos. Porque é cada vez mais difícil confiar na rede global de infraestruturas de dados", afirmou.

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