O metro de Moscovo é um transporte vital para mais de sete milhões de pessoas por dia. Uma alternativa quase obrigatória para evitar as filas de trânsito no exterior.
A estação mais antiga foi construída nos anos 30 e, tal como muitas outras, é um autêntico palácio subterrâneo decorado com mármores, mosaicos e esculturas de bronze. Uma pérola dos tempos do realismo socialista, o movimento artístico de propaganda da antiga União Soviética.
A maioria das linhas do metro percorre toda a cidade, repleta de atrações turísticas. Arbat é uma das mais antigas ruas pedonais, exibindo as diferentes culturas e rostos da capital.
Dados sobre Moscovo
- A primeira referência a Moscovo data de 1147
- É a cidade mais populosa da Europa, com mais de 11 500 000 habitantes
- A temperatura média é de -6°C no Inverno e de 18°C no Verão
- O salário médio é de 1000 euros
- Moscovo tem o maior número de bilionários do mundo e foi considerada a quarta cidade mais cara do planeta
A monumental fachada neoclássica do Teatro Bolshoi aloja uma das mais conhecidas companhias de dança do mundo, a Academia de Ballet Bolshoi.
O edifício, que data de 1825, reabriu em outubro do ano passado depois de seis anos de obras. A renovação custou, de acordo com fontes oficiais, mais de 500 milhões de euros. A sala recuperou a qualidade acústica original e a decoração que remonta ao estilo da Rússia Imperial.
“Havia uma ameaça real de perdermos o edifício, que era um verdadeiro símbolo da nossa cultura, tanto para Moscovo, enquanto cidade, como para todos os russos”, explica Katerina Novikova, porta-voz do Teatro Bolshoi. “Conseguimos salvá-lo e expandi-lo. Agora, tem o dobro do espaço e o palco é maior”, descreve.
A viagem prossegue até ao mercado GUM, na Praça Vermelha. O centro comercial foi construído no século XIX e chegou a ser o maior do mundo. Hoje tem cerca de 200 lojas de marcas de luxo, mas a joia da coroa é mesmo a imponente cúpula de vidro que cobre o edifício.
A descoberta de Moscovo passa, também, pelos locais mais insólitos. É o caso de Winzavod, que significa, literalmente, lagar. Em vez de tonéis de vinho, o espaço conserva obras de arte. São vinte mil metros quadrados transformados em três salas de exposições e onze galerias.
“Há imenso para ver e para descobrir no que toca à arte russa moderna”, sugere Elena Panteleyeva, a diretora do Winzavod. “É bastante diferente e, ao mesmo tempo, foi evoluindo para encaixar num contexto europeu e global”, explica.
O centro apoia e revela jovens artistas, oferecendo-lhes um espaço para expor. Além disso, organiza festivais de arte moderna, de cinema, de arquitetura e de desenho.
A viagem continua até à estação Boulevard Tsvetnoy para descobrir o Circo de Moscovo.
“Este é um dos circos mais antigos da Rússia. Foi fundado no final do século XIX e artistas muito famosos atuaram nesta arena”, constata o jornalista da euronews, Denis Loktev.
Boris Fedotov, artista de circo, resume a magia desta arte: “O circo foi sempre uma festa feliz, um espetáculo brilhante, com figurinos coloridos e música ao vivo.”