A pandemia de Covid-19 levou a uma acentuada diminuição conjuntural deste tráfego, mas a Comissão Europeia quer criar um quadro ambientalmente mais sustentável a longo prazo, no âmbito do Pacto Ecológico para reformular a economia do bloco.
Uma melhor gestão do tráfego aéreo na União Europeia poderia permitir uma redução de 10% nas emissões de gases com efeito de estufa.
Com este objetivo em mente, a Comissão Europeia apresentou, terça-feira, uma revisão do programa denominado "Céu Único Europeu", para dar resposta aos desafios de um dos setores que mais contribui para o aquecimento global.
"Atrasos nos voos derivados da sobrelotação dos espaço aéreo na União Europeia custaram cerca de seis mil milhões de euros, em 2019, e levaram à emissão de 11,6 milhões de toneladas de CO2 em excesso, o que teve um impacto negativo na indústria, no ambiente e nos passageiros", disse Adina Vălean, comissária europeia dos Transportes, em conferência de imprensa, terça-feira, em Bruxelas.
A proposta visa diminuir os atrasos na descolagem e aterragem, compassos de espera no ar até haver pista de aterragem disponível e recurso a trajetórias mais longas quando os corredores aéreos estão sobrelotados.
Este gasto suplementar de combustível, e consequente poluição deve ser evitado, mas os ambientalistas pedem uma resposta mais radical.
"Sejamos claros, não existem aeroportos ou aviões ecológicos. A aviação é uma das indústrias mais poluentes da Europa e é preciso diminuir o número de viagens aéreas para reduzir as emissões nesse setor. É a única solução para combater as alterações climáticas", afirmou Lorelei Limousin, ambientalista da organização não-governamental Greenpeace Europa, em entrevista à euronews.
A pandemia de Covid-19 levou a uma acentuada diminuição conjuntural deste tráfego, mas a Comissão Europeia quer criar um quadro ambientalmente mais sustentável a longo prazo, no âmbito do Pacto Ecológico para reformular a economia do bloco.