NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

As restrições ao sobrevoo da Rússia estão a tornar os voos mais longos e mais caros

Apenas quatro transportadoras europeias estão isentas devido às suas relações diplomáticas com Moscovo. São elas a Air Serbia, a Turkish Airlines, a Pegasus Airlines e a Belavia.
Apenas quatro transportadoras europeias estão isentas devido às suas relações diplomáticas com Moscovo. São elas a Air Serbia, a Turkish Airlines, a Pegasus Airlines e a Belavia. Direitos de autor Alireza Akhlaghi
Direitos de autor Alireza Akhlaghi
De  Rebecca Ann Hughes
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Artigo publicado originalmente em inglês

As companhias aéreas europeias não competem em "pé de igualdade" com as suas congéneres chinesas, que estão autorizadas a utilizar o espaço aéreo russo.

PUBLICIDADE

No início deste ano, a Air France-KLM falou sobre os desafios que a companhia aérea enfrentou para restabelecer os voos entre a Europa e a China após a pandemia.

Por outro lado, o diretor-geral para a Grande China, Wouter Vermeulen, classificou as restrições ao sobrevoo do espaço aéreo russo como um obstáculo importante.

De acordo com o responsável, as companhias aéreas europeias não têm conseguido competir em "pé de igualdade" com as suas congéneres chinesas, que estão autorizadas a utilizar o espaço aéreo russo.

Desde a invasão da Ucrânia em 2022, os países impuseram sanções à Rússia e às suas companhias aéreas. Em retaliação, a Rússia limitou o acesso ao seu espaço aéreo a apenas algumas nações e transportadoras.

As empresas que não estão autorizadas a sobrevoar o país tiveram de adotar rotas alternativas, o que resultou em tempos de viagem mais longos e um aumento dos custos operacionais e das tarifas aéreas.

Que companhias aéreas podem sobrevoar a Rússia?

Apenas quatro transportadoras europeias estão autorizadas a entrar no espaço aéreo russo devido aos seus laços diplomáticos com Moscovo: a Air Serbia, a Turkish Airlines, a Pegasus Airlines e a Belavia.

A Turkish Airlines voa para sete aeroportos na Rússia, enquanto a Air Serbia continua a servir Moscovo, São Petersburgo, Kazan e Sochi.

A China tem o maior número de companhias aéreas a utilizar o espaço aéreo russo. A Beijing Capital Airlines, a China Eastern, a China Southern, a Air China, a Xiamen Air e a Hainan Airlines sobrevoam a Rússia para chegar a muitos destinos na Europa Ocidental.

A Emirates, a Etihad e a Qatar Airways também continuam a operar no espaço aéreo russo.

O facto de não se poder sobrevoar a Rússia altera os horários e os preços dos voos?

Para evitar o espaço aéreo russo, muitos voos entre a Europa e a Ásia são agora muito mais longos.

As companhias aéreas têm de voar mais para sul, sobre zonas como a Turquia, a Ásia Central, a China e a Mongólia.

Companhias aéreas como a British Airways (BA), a Finnair, a KLM e a Lufthansa tiveram de acrescentar uma a três horas às suas viagens devido às rotas alternativas.

Por exemplo, o voo da BA entre Nova Deli e Londres demora agora mais uma hora, enquanto o voo entre Londres e Tóquio passou de 12 para 14 horas.

A rota Helsínquia-Tóquio da Finnair foi aumentada em quatro horas, passando a ser uma viagem de 13 horas.

Viagens mais longas significam também custos adicionais para as companhias aéreas devido ao aumento do consumo de combustível e à duração dos turnos da tripulação de cabina e dos pilotos.

PUBLICIDADE

Consequentemente, as tarifas aéreas têm vindo a aumentar. De acordo com a Business Traveler USA, o custo de voar de Nova Iorque para Nova Deli em abril de 2023 na Air India era de quase 1.500 dólares (1.380 euros) com um tempo de voo de 13 horas e 40 minutos. A mesma viagem numa companhia aérea dos EUA custava 1.740 dólares (1.610 euros) e estava programada para demorar cerca de 14 horas e 55 minutos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Turistas esperam horas para entrar na Rússia

Suécia diz que avião de guerra russo violou o seu espaço aéreo

Alemanha reforça os controlos nas fronteiras: o que vai mudar para os viajantes?