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Campo magnético do Sol pode ter origem perto da superfície, dizem especialistas

Erupções solares, flashes à esquerda (8 de maio) e à direita (7 de maio)
Erupções solares, flashes à esquerda (8 de maio) e à direita (7 de maio) Direitos de autor  NASA/SDO
Direitos de autor NASA/SDO
De Roselyne Min com AP
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Os investigadores afirmam que a nova descoberta pode ajudar a prever períodos de tempestades solares extremas.

Um novo estudo sugere que o campo magnético do Sol pode ter origem muito mais perto da superfície do que se pensava anteriormente.

Uma equipa internacional de matemáticos e cientistas descobriu que o campo magnético parece ser gerado a cerca de 32 200 km abaixo da superfície do Sol.

A descoberta foi feita através de cálculos efetuados num supercomputador da NASA e o estudo foi publicado na revista Nature.

As teorias anteriores sugeriam que este fenómeno ocorria a mais de 209.000 km abaixo da superfície.

"Os principais resultados do nosso trabalho são o facto de termos apresentado uma nova hipótese de que o campo magnético do Sol é gerado perto da sua superfície, enquanto os modelos anteriores supunham que era gerado nas profundezas do Sol", afirmou Daniel Lecoanet, coautor do estudo da Universidade Northwestern.

A equipa de investigação afirma que a nova descoberta poderá melhorar as previsões solares a longo prazo, permitindo aos cientistas prever melhor a força, ou fraqueza, dos futuros ciclos da nossa estrela.

"As tempestades solares são causadas pelo campo magnético do Sol. O que acontece é que há partes do campo magnético solar, a maior parte das quais se encontra no interior do Sol, mas outras partes espreitam para a sua superfície", disse Lecoanet.

"Podemos pensar no campo magnético como sendo uma espécie de elástico. E os movimentos perto do topo do Sol estão a puxar esse elástico até ficar tão esticado que se parte. E quando se parte, lança o material do Sol para o espaço", acrescentou Lecoanet.

Sol pode afetar a energia

Recentemente, a Terra foi atingida por tempestades solares que deixaram as pessoas maravilhadas com a beleza das auroras em locais pouco habituais.

O Sol está a aproximar-se do seu nível máximo de atividade no atual ciclo de 11 anos, o que explica as recentes erupções.

Quando fortes erupções solares e ejecções de massa coronal atingem o planeta, podem perturbar as infra-estruturas elétricas e de telecomunicações, dizem os especialistas.

No século XIX, uma tempestade solar extremamente forte, conhecida como Evento Carrington, atingiu o Canadá.

Se um evento semelhante atingisse os EUA hoje, estima-se que causaria entre 1 e 2 triliões de dólares de prejuízos, de acordo com Lecoanet.

Recentemente, o Sol emitiu a maior erupção solar em quase 20 anos, mas, felizmente, esta passou longe da Terra.

"Embora muitos aspectos da dinâmica solar permaneçam envoltos em mistério, o nosso trabalho dá grandes passos no sentido de resolver um dos mais antigos problemas não resolvidos da física teórica e abre caminho a melhores previsões da perigosa atividade solar", afirmou Lecoanet num comunicado.

Editor de vídeo • Roselyne Min

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