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Segundo comandante do Hezbollah morto após ataque israelita a Beirute

Equipas de salvamento procuram por sobreviventes entre os escombros após ataque israelita em Beirute
Equipas de salvamento procuram por sobreviventes entre os escombros após ataque israelita em Beirute Direitos de autor AP
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De  euronews com AP
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Sobe para 37, o número de mortos após um ataque israelita à capital do Líbano que também ceifou a vida de uma alta-patente do grupo militar do Hezbollah.

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O número de mortos na sequência de um ataque aéreo israelita a um subúrbio de Beirute subiu para 37, informou no sábado o ministro libanês da Saúde. Firass Abiad disse aos jornalistas que 68 pessoas ficaram feridas, 15 das quais permanecem hospitalizadas, acrescentando que as operações de busca e salvamento ainda estão a decorrer e que o número de vítimas poderá aumentar.

O ataque, o mais mortífero na capital libanesa desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, atingiu um bairro, na zona sul, densamente povoado, na sexta-feira à noite e em plena hora de ponta, muitas pessoas regressavam a casa. Israel declarou ter matado 11 agentes do Hezbollah, incluindo Ibrahim Akil, chefe da força de elite Radwan do grupo. Os membros do grupo militante estavam reunidos na cave do edifício destruído.

O Hezbollah anunciou na noite de sexta-feira que 15 dos seus operacionais, incluindo dois altos comandantes, Ahmed Mahmoud Wahbi e Ibrahim Akil, tinham sido mortos pelas forças israelitas. As tropas libanesas isolaram a área, impedindo as pessoas de acederem ao edifício derrubado, enquanto membros da Cruz Vermelha libanesa permaneceram nas proximidades para retirar quaisquer corpos recuperados dos escombros.

De acordo com as Forças de Defesa Israelitas (IDF, na sigla em inglês), mais de 100 alvos foram atacados no Líbano, incluindo complexos de lançamento e infraestruturas terroristas, disse a IDF no sábado.

Soldados libaneses protegem a área um dia após um ataque de mísseis israelitas nos subúrbios do sul de Beirute, sábado, 21 de setembro de 2024.
Soldados libaneses protegem a área um dia após um ataque de mísseis israelitas nos subúrbios do sul de Beirute, sábado, 21 de setembro de 2024.Bilal Hussein/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Também no sábado de manhã, o gabinete de imprensa do Hezbollah levou os jornalistas a visitar o local do ataque aéreo, onde os trabalhadores ainda faziam buscas por entre os escombros. O Ministro das Obras Públicas e dos Transportes, Ali Hamie, disse aos jornalistas no local que 23 pessoas ainda estavam desaparecidas.

O ataque aéreo na movimentada rua Qaim derrubou um edifício de oito andares com 16 apartamentos e danificou um edifício adjacente. Os mísseis destruíram o primeiro edifício e perfuraram a cave do segundo, onde se realizava a reunião dos responsáveis do Hezbollah.

Ataque acontece após bombardeamento do Hezbollah

O ataque mortal de sexta-feira ocorreu horas depois de o Hezbollah ter lançado um dos seus mais pesados bombardeamentos contra o norte de Israel em quase um ano de combates, visando sobretudo instalações militares israelitas. O sistema de defesa antimíssil Iron Dome de Israel interceptou a maioria dos foguetes Katyusha.

O grupo militante afirmou que a sua última vaga de lançamentos era uma resposta a anteriores ataques israelitas no sul do Líbano. No entanto, esta onda surgiu dias depois de explosões maciças de pagers e walkie-talkies do Hezbollah terem matado pelo menos 37 pessoas, incluindo duas crianças. Outras 2.900 pessoas ficaram feridas no ataque, amplamente atribuído a Israel.

O Ministro da Saúde do Líbano disse no sábado que os hospitais de todo o país estavam cheios de feridos. Israel não confirmou nem negou o seu envolvimento no ataque, que marcou uma escalada importante nos últimos 11 meses de conflito na Faixa de Gaza, junto à fronteira entre Israel e o Líbano.

A troca de ataques pode escalar para um grande conflito

Depois do anúncio das Forças de Defesa israelitas, feito no sábado, cerca de 25 rockets foram lançados do sul do Líbano em direção ao norte de Israel, naquilo que se acredita ter sido nova retaliação do grupo militante aos atentados que Israel tem levado a cabo no Líbano.

Israel e o Hezbollah têm trocado regularmente ataques desde que o Hamas atacou no sul de Israel, em 7 de outubro, e desencadeou a devastadora ofensiva do exército israelita em Gaza. No entanto, os anteriores ataques transfronteiriços afetaram sobretudo zonas do norte de Israel que tinham sido evacuadas e partes menos povoadas do sul do Líbano.

No início desta semana, o gabinete de segurança de Israel declarou que travar os ataques do Hezbollah no norte do país é agora um objetivo de guerra oficial, uma vez que considera uma operação militar mais vasta no Líbano que poderá desencadear um conflito total.

Desde então, Israel enviou uma poderosa força de combate para a fronteira norte. Os ataques obrigaram dezenas de milhares de pessoas a evacuar as suas casas, tanto no sul do Líbano como no norte de Israel.

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