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Portugal cumpre dia de Luto Nacional em memória das vítimas dos incêndios

Portugal cumpre dia de Luto Nacional em memória das vítimas dos incêndios
Portugal cumpre dia de Luto Nacional em memória das vítimas dos incêndios Direitos de autor Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
Publicado a Últimas notícias
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Grandes incêndios no território português foram dados como dominados. Mais de dois mil operacionais estão no terreno para operações de rescaldo e vigilância. País conta mais de 121 mil hectares de área ardida desde domingo. Contam-se cinco vítimas mortais.

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O incêndio de Castro Daire que esta manhã ainda lavrava em território foi dado como dominado. Segundo informou esta manhã Paulo Almeida, presidente a Câmara daquele município o "incêndio foi dado como dominado”, mas que isso não significa que o concelho está livre de perigo".

“É verdade que durante a noite as condições meteorológicas e a chuva nos vieram ajudar (…), mas continua a haver perigo de reacendimentos”, afirmou.

O fogo continua, no entanto, fortemente monitorizado de forma a evitar reacendimentos e novos focos.

Mais de 2400 operacionais estão ainda mobilizados no terreno, nomeadamente para as operações de rescaldo.

De acordo com informações do site da Proteção Civil, consultado às 11:25, as duas frentes de fogo em Castro Daire ainda dão dadas como incêndios em curso, mobilizando ainda cerca de 450 operacionais e dois meios aéreos em Soutelo e 74 operacionais em Moção.

A Proteção Civil dá conta ainda de um incêndio em Sedielos, em Peso da Régua, que mobiliza cerca de 90 bombeiros no terreno e dois meios aéreos.

Os grandes incêndios no distrito de Aveiro estão dados como totalmente dominados. Os meios aéreos disponibilizados pela União Europeia começaram a desmobilizar esta sexta-feira.

As condições meteorológicas ajudaram os bombeiros no combate às chamas, com a situação nesta altura a apresentar-se bem mais calma em relação aos últimos dias.

Esta sexta-feira, cumpre-se um dia de Luto Nacional decretado pelo Governo em memória das vítimas dos incêndios que atingiram, principalmente, o norte e centro do país. Contam-se cinco vítimas mortais, segundo números oficiais, e 161 feridos, 12 deles graves. A Proteção Civil regista cinco mortos, excluindo dois civis que morreram de doença súbita.

O funeral dos três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha em Tábua acontece no sábado.

De acordo com o sistema europeu Copernicus, a área ardida em Portugal continental é superior a 121 mil hectares. No norte e no centro, arderam mais de 100 mil hectares, o que corresponde a 83 por cento de toda a área ardida.

Quatro distritos sob aviso amarelo devido à chuva

Quatro distritos de Portugal continental estão hoje (até às 15:00) em alerta amarelo devido à possibilidade de ocorrência de chuva forte e trovoadas.

O IPMA alerta ainda par ao risco associado a potenciais deslizamentos de terras nos locais onde houve incêndios recentemente.

"Esta sucessão de eventos, com a ocorrência de precipitação forte, nos próximos dias, em regiões que ficaram vulneráveis após os incêndios recentes, com a consequente perda de coberto vegetal, aumentam o risco associado a potenciais escorrências", avisou o IPMA, em comunicado.

“As boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias”

Cinco dias depois, a ministra da Administração Interna falou sobre os incêndios, informando que haverá um relatório sobre a situação e só após a sua realização admite discutir o tema e as eventuais falhas ou erros no combate aos fogos.

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“Ainda temos fogos neste momento, portanto, no final quando estivermos a fazer o rescaldo, quando se fizer o ponto da situação, faremos o relatório e, como sempre, apreenderemos e iremos e estaremos à vossa disposição para esclarecer se houve ou não houve falhas, se tudo correu bem, mas isso tem também o seu tempo", declarou Margarida Blasco.

A ministra da Administração Interna justificou ainda o silêncio dos últimos dias, afirmando que seguiu os conselhos das autoridades para "que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias no teatro de operações".

"As boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias no terreno de operações, nem intervenções e presenças desadequadas, quer no teatro de operações, quer no contexto comunicacional, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação, de prestação de esclarecimentos e recomendações, oportunos e necessários, às populações", reforçou.

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