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Operações dos EUA nas Caraíbas fizeram já 80 mortos

Novo ataque dos EUA a barco suspeito de tráfico de droga nas Caraíbas, 10 de novembro de 2025
Novo ataque dos EUA a barco suspeito de tráfico de droga nas Caraíbas, 10 de novembro de 2025 Direitos de autor  x.com Southcom - captura de pantalla
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De Jesús Maturana
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A administração Trump confirma um novo ataque letal nas águas das Caraíbas que fez quatro mortos a 10 de novembro, elevando para 80 o número de pessoas mortas na "Operação Lança do Sul". O Presidente dos EUA anuncia que "já foram tomadas decisões" sobre novas ações militares contra a Venezuela.

O Comando Sul dos EUA divulgou na sexta-feira imagens de um ataque cinético letal contra um barco em águas internacionais nas Caraíbas, no dia 10 de novembro. Os quatro tripulantes a bordo foram mortos, confirmou a administração americana, elevando o número de vítimas para quase 80 em mais de 20 ataques desde que a operação começou em agosto ao largo da costa venezuelana.

O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, chamou oficialmente à missão de"Lança do Sul", justificando-a como uma ação de combate ao tráfico de droga a partir da América Latina. O destacamento inclui cerca de 10.000 militares e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior navio do Pentágono, posicionado perto das águas venezuelanas.

De acordo com o Washington Post, Trump reuniu-se na sexta-feira na Sala Oval com funcionários do Pentágono para discutir "uma série de opções", incluindo a escalada dos ataques. Um funcionário citado pelo jornal disse que as forças norte-americanas "estão a preparar-se para possíveis ordens de ataque" e aguardam novas diretrizes operacionais.

"Já tomei uma decisão": Trump avança sem revelar pormenores

Quando questionado pelos jornalistas sobre a sua próxima ação militar contra a Venezuela, Trump disse: "Já tomei uma decisão. Não posso dizer-vos o que vai ser". O Presidente dos EUA acrescentou que "fizeram muitos progressos com a Venezuela em termos de travar o afluxo maciço de drogas", embora não tenha explicado os seus planos.

O Washington Post afirma que Trump é "muito bom a manter a ambiguidade estratégica" e que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "está muito assustado e com razão", dado o leque de opções "prejudiciais" que tem em cima da mesa. Em outubro, Trump já tinha afirmado que não descartava possíveis ataques a alvos terrestres tanto na Venezuela como na Colômbia.

Reação da Venezuela e tensão regional

O governo venezuelano condenou a operação e considerou-a um "pretexto para uma intervenção". Por seu lado, Maduro apelou à população para se preparar para uma eventual "luta armada" e anunciou a mobilização de 200 000 militares.

Num discurso transmitido pela televisão estatal, Maduro fez um apelo direto ao povo americano: "Parem a mão louca daqueles que ordenam bombardeamentos, mortes e guerras na América do Sul, nas Caraíbas". O líder venezuelano traçou paralelos com outros conflitos: "Será que queremos outra Gaza agora na América do Sul?

A tensão na região continua a aumentar, uma vez que Washington não exclui a possibilidade de novas operações militares e a comunidade internacional observa com preocupação a escalada da guerra nas Caraíbas.

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