Jorge Mario, o filho de imigrantes italianos, nasceu no bairro de Flores em Buenos Aires, capital argentina, em 1936.
Só foi ordenado sacerdote aos 32 anos, mas a carreira na Igreja de Argentina é meteórica. Depois de seis anos como simples sacerdote, o jesuita foi nomeado Arcebispo de Buenos Aires.
Conhecido por uma sólida consciência social, Bergoglio recusou habitar o palácio que lhe era atribuido e levou sempre uma vida simples, ao serviço dos pobres.
Foi ordenado Cardeal, em 2001, por João paulo II, numa altura em que a Argentina estava mergulhada numa terrível crise económica. Bergoglio acusava o capitalismo selvagem de empobrecer milhões de compatriotas.
Em 2002 Mariangela Cotto, era membro do governo regional do Piamonte. Foi então que conheceu o Cardeal Bertgoglio em Buenos Aires.
Mariangela Cotto – Durante a missa ouvimos barulho no exterior, de uma manifestação de mulheres que batiam com as panelas e se queixavam de não ter nada para comer. Houve um momento de tensão, alguém tentou fechar as portas da Igreja para que a manifestação não afetasse o serviço religioso.
O cardeal Bergoglio interrompeu o oficio e disse: “a Igreja não fecha a porta, deixem tudo aberto. Se entrarem vamos ouvir as razões do protesto.”
Mariangela Cotto – Foi um encontro emocionante, porque levei-lhe uma garrafa de vinho tinto produzido nas vinhas que eram do pai. Emocionou-se muito e recordou-lhe as origens em Asti. Quando nos recebeu em casa, éramos 15, em vez das cinco pessoas que ele esperava. Quando lhe oferecemos ajuda não aceitou e foi buscar as cadeiras sozinho. No fim, quando estávamos todos sentados sorriu e e sugeriu: falamos em piamontês?