O peso dos cidadãos na evolução da sociedade

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Um recente relatório da Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Escolar (IEA, na sigla em inglês) registou, entre estudantes de alguns países, uma acentuada diminuição de conhecimento sobre o que é cidadania. Compreender o funcionamento da sociedade civil e como ela suporta a democracia é, contudo, vital. Como se poderá reverter esta falta de conhecimento? Alguns projetos para combater este distanciamento dos jovens do conceito de cidadania estão já a ser explorados.

Um deles é o denominado Modelo de Organização das Nações Unidas, que através da simulação de uma assembleia geral da ONU permite a jovens de diferentes proveniências contactarem com alguns dos temas mais quentes da atualidade mundial e ganharem prática de debates e negociação. Um a experiência conseguida ao interpretarem os papéis de diplomatas em representação dos vários países membros do organismo. Confrontados com tópicos como o conflito na Síria, as ameaças da Coreia do Norte ou o tráfico generalizado de droga e armas, há mesmo quem se veja obrigado a assumir posições nesta simulação que num plano real nunca defenderia.

Na Escandinávia, por outro lado, aprofundamos o evoluído sistema de participação cívica na sociedade dinamarquesa, onde até os jovens têm uma palavra sobre algumas das decisões tomadas. Mesmo que seja sobre arquitetura. Descobrimos o clube Vinterbad Bryggen, dedicados a banhos de verão e inverno, que era um sonho de alguns cidadãos e que foi concretizado com apoio municipal. E visitamos o Børnekulturhus Ama’r, um centro cultural para crianças que teve em linha de conta, na construção, as sugestões dos próprios pequenos utilizadores.

Viajamos, por fim, até à Tanzânia, onde conhecemos o sonho concretizado por um ancião de 96 anos a residir numa comunidade Masai, próxima de Esilalei, uma aldeia a 120 km da cidade de Arusha, no norte do país. O nonagenário Meshuku Mappi tem 36 mulheres e dos mais de 120 descendentes, entre filhos e netos, saem 80 por cento dos alunos da escola primária de Laiboni. A instituição foi criada em 2005 motivada pela morte de um dos filhos de Meshuku Mappi na sequência do acidente de um carro quando seguia para a escola de Esilalei, a cerca de 10 quilómetros de casa. Com a ajuda de duas ONG africanas, uma local e outra internacional, o projeto cresceu sustentado pela determinação e mão-de-obra da comunidade local. É mais um bom exemplo do envolvimento cívico no desenvolvimento da respetiva sociedade.

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