Os Estados Unidos afirmam ter levado a cabo mais de trinta ataques contra posições do grupo Estado Islâmico, na Síria e no Iraque desde quarta-feira.
As ações terão visado não só as posições nos arredores da cidade síria de Kobani, como vários edifícios e veículos do grupo armado no Iraque, em Ramadi, onde os islamitas lançaram uma nova ofensiva para conquistar a cidade e Mossul, onde um míssil terá morto o líder do grupo na cidade, na quarta-feira.
As ações ocorrem num momento em que vários países da coligação internacional tentam conter o fluxo de combatentes que se juntam ao grupo armado, não só na Europa como no norte de África.
Na Tunísia, de onde serão originários mais de 3 mil combatentes do Estado Islâmico, o governo já deteve mais de 1500 militantes radicais desde o início do ano.
A família de um jihadista de 16 anos não esconde o choque:
“Em casa sempre professámos um Islão tolerante, o meu filho foi manipulado, uma verdadeira lavagem cerebral”, afirma o pai.
Um imã afirma, “alguns discursos conseguiram convencer muitos jovens, em particular estudantes, a partirem para a Síria para participarem na Jihad”.
Um duplo desafio para as autoridades do país assoladas pelos ataques da guerrilha islâmica da Ansar al-Sharia.
Na Europa vários países como França e Reino Unido reforçaram as leis para impedir a partida e o regresso de jovens para a Síria, ao mesmo tempo que aumentaram a vigilância sobre a propaganda do Estado Islâmico difundida pela Internet.