A "operação de charme" do presidente egípcio em Roma e Paris

O presidente egípcio reuniu-se esta quarta-feira, em Paris, com o seu homólogo francês, François Hollande, na segunda etapa da sua primeira viagem à Europa.
Uma forma de Abdel Fatah al-Sissi reatar os laços com os países europeus, após as críticas à repressão violenta dos opositores ao derrube do anterior presidente islamita Mohamed Morsi.
Na segunda-feira, em Itália, Sissi encontrou-se com o Papa Francisco para abordar a situação dos cristãos no país, depois de reunir-se com o primeiro-ministro Matteo Renzi para evocar o tema da luta contra o terrorismo e a imigração clandestina.
“Nas nossas discussões chegámos a um acordo em vários temas. Temos que travar o perigo do terrorismo que poderá vir da Líbia quando o Egito partilha mais de 1000 quilómetros de fronteira com o país. Ao mesmo tempo, 97% dos imigrantes que chegam às costas italianas são originários da Líbia, devido à falta de controlos na costa líbia”, afirmou Renzi.
A “operação de charme”, acompanhada pelos protestos de várias organizações humanitárias – mais de 1400 mortos durante a repressão protagonizada por Sissi contra os opositores islamitas – tem antes de mais como objetivo amealhar novos investimentos para a fragilizada economia egípcia.
Em Paris, Sissi deverá discutir um contrato para a construção do metro do Cairo, assim como para a compra de equipamento militar francês.