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Sete consequências dos preços baixos do petróleo

Sete consequências dos preços baixos do petróleo
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De  Michel Santos
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Desde 2009 que não se via o preço do petróleo tão baixo e estima-se que ainda vai cair mais. Só desde o início do ano, o chamado ouro negro

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Desde 2009 que não se via o preço do petróleo tão baixo e estima-se que ainda vai cair mais. Só desde o início do ano, o chamado ouro negro desvalorizou cerca de 11%. O ‘Brent’ está a ser vendido a 49 dólares por barril. E quais são as consequências? Os automobilistas agradecem mas a ecologia ressente-se. Os países produtores têm menos receitas, no entanto, as nações importadoras têm vantagens. Em suma, o preço baixo do petróleo é uma faca de dois gumes. Para melhor compreendermos, explicamos 7 consequências de um preço baixo do petróleo.

Dia-a-dia menos dispendioso
O consumidor final vai beneficiar com a queda abrupta do preço do petróleo. O preço dos produtos no mercado tende a cair. Certo é que os automobilistas, por exemplo, vão esfregar as mãos de contentes, pois o custo por litro do combustível baixa, a não ser que os governos decidam aumentar os impostos. Outro exemplo, são as transportadoras aéreas que vão realizar economias com uma baixa do custo de exploração mantendo o preço dos bilhetes. Regra geral, isso aplica-se à economia que depende de combustíveis para funcionar.

Preços baixos inimigos do ambiente
Com os combustíveis fósseis ao preço da chuva, a tendência é para um aumento do consumo e, consequentemente, da poluição. Os Estados podem então colocar um travão сom o aumento dos impostos, logo, torna-se menos simpático encher o depósito.

Países produtores em desespero
Com a queda abrupta do preço do ouro negro, as economias produtoras de petróleo podem cair numa espiral recessiva se não tiverem outras receitas. Mais, a crise torna-se maior mediante um elevado ponto de equilíbrio entre despesas e receitas (break-even).

  • Rússia: O “break-even” russo situa-se na casa dos 105 dólares por barril. Com o preço do petróleo a quase metade desse valor, Moscovo está com a corda no pescoço, principalmente quando se juntam as sanções internacionais e a dificuldade dos bancos em se financiarem. Mais, a industria manufatureira, depende bastante das encomendas das empresas energéticas. Nesta altura, o Estado tem menos receitas, o valor do rublo cai e os preços dos produtos sobem. Há previsões de uma acentuada recessão para a economia este ano.

  • Venezuela: Com o petróleo nos 100 dólares, o tesouro nacional já estava a sofrer. O país depende bastante das receitas do crude e do gás natural para pagar a importação de vários produtos, incluindo de primeira necessidade. O agudizar da crise pode agravar o descontentamento popular e gerar tumultos.

  • Irão: Atingido por fortes sanções internacionais e com uma economia moribunda e largamente dependente do petróleo, Teerão sufoca com os preços bastante baixos, principalmente se tivermos em conta de que o preço de início do lucro situa-se nos 130 dólares.

Estados dependentes beneficiados
Com o crude barato, os Estados mais dependentes sentem um alívio nos cofres, já que as importações têm um custo inferior. Depois, há a tentação de aumentar os impostos sem prejudicar a economia. Uma estimativa da seguradora espanhola Crédito y Caució aponta para uma poupança na ordem dos 100 mil milhões de euros por ano na União Europeia.

Risco de deflação
Com o petróleo mais barato, a tendência é para a redução do preço dos produtos ao consumidor, o que eleva o risco de deflação, e fazer derrapar os países para crises económicas.

Petróleo de xisto
Há quem veja a espiral de queda do preço do ouro negro como uma conspiração dos principais produtores convencionais de petróleo para arruinar a exploração do petroleo de xisto. Esta multiplicou-se, principalmente nos Estados Unidos, e tem um “break-even” em média nos 80 dólares. Resta saber se as principais empresas de exploração vão resistir e evitar a falência.

Petrolíferas repensam modelos de negócio
Com os preços anormalmente baixos, algumas petrolíferas são obrigadas a cortar custos e mesmo a repensar o modelo de negócio, especialmente, as empresas mais frágeis, que na impossibilidade de conseguirem receitas, são obrigadas a adaptar-se ou a fechar as portas.

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