Uma foto de Lutz Bachmann disfarçado de Hitler levou à demissão do líder do Pegida, investigado também por alegado incitamento ao ódio racial
Lutz Bachmann, o líder do Pegida, demitiu-se, esta quarta-feira das funções de líder do movimento.
Em causa, uma foto onde aparece com o bigode e o penteado de Hitler. Uma “sátira”, justificou a porta-voz do movimento.
Menos justificáveis são as declarações de Bachmann sobre os requerentes de asilo, a quem chamou de “escumalha” e “animais” – e que lhe valeram a abertura de uma investigação judicial por alegado incitamento ao ódio racial.
O até agora líder do “Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida)” pediu desculpa, no Facebook, pelos comentários “imprudentes” que fez e com os quais pode ter prejudicado os interesses do grupo.
Um grupo que começou em Dresden e que já tem “ramificações” – como aqui, em Leipzig, onde 15 mil mil pessoas se manifestaram contra a islamização do Ocidente, isto, frente a 20 mil contramanifestantes que se opõe à visão do Pegida.
O movimento de Leipzig foi, contudo, desautorizado pela porta-voz do “Pegida”, de Dresden, que se dessolidarizou previamente de qualquer exigência ou declaração feita durante o protesto, abrindo uma primeira fissura na galáxia anti-islão, na Alemanha.