No Egito, Alaa e Gamal Mubarak, filhos do deposto presidente Hosni Mubarak, foram libertados da prisão onde se encontravam detidos. Um tribunal
No Egito, Alaa e Gamal Mubarak, filhos do deposto presidente Hosni Mubarak, foram libertados da prisão onde se encontravam detidos.
Um tribunal decidiu a semana passada que os dois arguidos num acaso de corrupção aguardassem, um novo julgamento em liberdade.
Nas ruas do Cairo a libertação dos dois filhos do presidente deposto pela revolta de há quatro anos, causou reações diferentes.
“Acho que Gamal e Alaa cometeram alguns erros, mas no fim de contas temos que respeitar a decisão judicial”, disse um habitante da capital egípcia.
“Isto é chocante e uma grande falha da revolução. Infelizmente não compreendo porque os libertaram no dia 25 de janeiro”, afirmou uma jovem cairota.
Recorde-se que no domingo, dia do quarto aniversário do início da revolta de 2011 que derrubou o presidente Hosni Mubarak, pelo menos 25 pessoas foram mortas durante confrontos entre a polícia e manifestantes hostis aos islamitas e às novas autoridades.
As forças da ordem estavam em alerta, depois dos partidários do antigo presidente islamita Mohamed Morsi terem apelado à manifestações contra o ex-chefe do exército e atual chefe de Estado, Abdel Fattah al-Sissi, para assinalar o levantamento popular em 2011.
Os detratores de Al-Sissi acusam-no de ter instaurado um regime ainda mais autoritário que o de Mubarak, que reprime qualquer oposição, quer islâmica, quer laica.