O Rei Abdullah II promete uma resposta forte ao crime do grupo armado Estado Islâmico.
Uma vaga de revolta está a abalar a Jordânia, um dia após o anúncio da execução de um piloto da força aérea do país pelo grupo Estado Islâmico
As autoridades jordanas enforcaram, esta manhã, dois jihadistas condenados à morte, na prisão de Saqwa, em resposta ao gesto brutal do grupo armado. Entre eles estava Sajida al-Rishawi, a bombista que os islamitas queriam trocar pelo piloto jordano, na semana passada.
O Rei Abdullah II já regressou dos Estados Unidos. Foi forçado a interromper a viagem e promete responder ao que chama uma “agressão brutal”.
Um vídeo difundido ontem na Internet e gravado no início de janeiro, a data da execução do piloto, mostra Muath al-Kasaesbeh a ser queimado vivo dentro de uma jaula. Kasaesbeh tinha sido sequestrado pelo grupo, em dezembro, depois do caça F-16 que pilotava se ter despenhado na Síria.
Na aldeia-natal do piloto, os habitantes dizem estar prontos a pegar nas armas para combater o grupo Estado Islâmico na Síria.
Diz Safi al-Kasaesbeh, pai do piloto: “Para mim, Muath é um mártir e se deus quiser estará agora no céu com outros mártires, pessoas boas e profetas. A minha paciência é imensa e é por isso que peço a deus e ao governo jordano que vinguem o sangue do meu filho”.
Muath era oriundo de uma das tribos mais influentes na Jordânia, considerada próxima do Rei, o que pode fazer com que a reação seja ainda mais dura.